domingo, 4 de dezembro de 2011

VASCO EMPATA COM FLAMENGO E FICA EM 2 NO CAMPEONATO,FLAMENGO CONSEGUE VAGA A LIBERTADORES.

Há muito tempo que um Vasco x Flamengo não traduzia de forma tão literal a velha frase de que o duelo é um campeonato à parte. Mesmo com apenas o primeiro com chance de conquistar o Brasileirão 2011 em caso de vitória no Engenhão e derrota do Corinthians para o Palmeiras, a partida teve tensão e emoção do início ao fim, já que o Flamengo brigava por uma vaga na Libertadores e sonhava estragar possível festa do rival. E num confronto de bastante equilíbrio, com cada time superior em uma etapa, os rubro-negros conseguiram o empate por 1 a 1, que carimba o passaporte para a competição sul-americana - o adversário na Pré-Libertadores será o Real Potosí, na altitude da Bolívia. O time de Vanderlei Luxemburgo encerrou o Brasileirão na quarta posição, com 61 pontos, dez a menos que o campeão Corinthians.
Diego Souza, para o Vasco, no primeiro tempo, e Renato Abreu, para o Flamengo, no segundo, marcaram os gols da partida, que teve três expulsões - Jumar, Renato Abreu e o meia vascaíno Felipe, este após o apito final. Apesar do resultado que não deu o sonhado penta brasileiro, a torcida vascaína, que reclama de pênalti não marcado de Willians em Diego Souza no primeiro tempo, comemorou o empate como conquista de título. É bom lembrar que, mesmo se os cruz-maltinos saíssem de campo com vitória, não teriam sido campeões, já que o Corinthians conseguiu o empate por 0 a 0 com o Palmeiras que lhe assegurava o primeiro lugar na tabela, dois pontos à frente do Vasco, que ficou com o vice, com 69 pontos..
Do lado rubro-negro, o resultado, bastante celebrado também pela torcida, pode significar a permanência de Thiago Neves e Ronaldinho. O camisa 10, que teve um primeiro tempo apagado, fez boas jogadas na segunda etapa. O craque declarou, ao fim da partida, que se depender dele permanecerá no Rubro-Negro para a Libertadores, que terá três clubes cariocas na competição pela primeira vez (Flamengo, Vasco e Fluminense).
ronaldinho gaucho flamengo dedé vasco (Foto: Maurício Val / Vipcomm)Num duelo de titãs, Dedé e Ronaldinho empurraram times no segundo tempo (Foto: Maurício Val / Vipcomm)
Vasco melhor
O Vasco, que entrou em campo com a faixa "Força, Ricardo Gomes, estamos com você", mostrou desde o primeiro minuto que tomaria a iniciativa do jogo. Com um time bem posicionado, consistente na defesa, marcador no meio-campo e perigoso no ataque, saiu com a vitória nos primeiros 45 minutos com toda justiça. O Flamengo, com  formação surpreendente de Vanderlei Luxemburgo, optando por Negueba no ataque ao lado de Ronaldinho, dava sinais que exploraria os contra-ataques, apesar de ter feito a primeira boa jogada, quando Fierro bateu cruzado, à direita de Fernando Prass.
Com Nilton, Romulo e Fellipe Bastos marcando forte no meio-campo, o técnico Cristóvão Borges deixava claro que daria liberdade total a Felipe para criar. E surgiu dos pés do camisa 6 a primeira boa trama do Vasco, pela meia-direita, quando deu um belo passe para Fágner bater com força, de efeito, dando susto no goleiro Felipe.
No duelo de talentos, Ronaldinho - ironizado pela torcida do Vasco com música referente à polêmica de vídeo divulgado na internet no qual estaria se masturbando - ficava isolado pelo lado esquerdo e pouco se mexia. A melhor opção era pela direita, com um Léo Moura mais ofensivo. E dos seus pés começou troca de passes com Fierro e Negueba até parar em Thiago Neves, que mandou de canhota rente à trave. Foi a melhor jogada da equipe no primeiro tempo.
Gol vascaíno
Daí em diante, o Flamengo se empolgou e começou a deixar espaços, principalmente no seu lado direito defensivo. Foi por ali  que o Vasco fez a jogada que gerou muitas reclamações, e justas. Diego Souza arrancou pela meia-esquerda e foi puxado pela camisa por Wlillians até o interior da grande área. Pênalti claro que o árbitro Péricles Bassols não marcou. O camisa 10 cruz-maltino começava a aparecer na partida. A forte marcação no meio-campo fez o Vasco retomar o domínio. O time se mexia mais. Jumar já continha a jogada de Fierro e Léo Moura. Fellipe Bastos e Romulo davam velocidade à meia-cancha, e até Nilton resolveu dar uma bela arrancada pelo lado direito. Passou como quis por Fierro e centrou para Diego Souza, livre de marcação, testar firme, sem defesa para Felipe: 1 a 0 Vasco, aos 29 minutos, com direito à comemoração do trem-bala.
A torcida vascaína se empolgou no Engenhão. Faltava o gol do Palmeiras sobre o Corinthians no Pacaembu para a festa ficar completa. O Flamengo sentia o golpe. Ronaldinho já buscava jogo pela direita, mas sem a menor inspiração. Thiago Neves acabou prejudicado após uma dividida com Dedé e custou a retomar o ritmo da partida. Confuso, Negueba saía muito da área, o que facilitava a marcação vascaína.
A tensão era visível dos dois lados. Willians e Felipe Bastos se estranharam após uma dividida.  O meia Felipe reclamava da arbitragem e estimulava os companheiros. Alecsandro levou perigo mais duas vezes ao gol rubro-negro. Na segunda, obrigou Felipe a mandar para escanteio um tiro perigoso pela direita. E o primeiro tempo acabava com incontestável superiodade vascaína.
Fla muda e empata
Vanderlei reconheceu o erro na escalação inicial e mudou os planos. Saíram Negueba e Fierro, entraram Deivid e Muralha. Com a derrota parcial, o Flamengo corria risco de ficar fora da Libertadores. O segundo tempo começou com emoção para os dois lados. Primeiro foi o Vasco, com Felipe rolando mais uma vez para Fágner quase ampliar. O goleiro Felipe fez boa defesa.
Do lado rubro-negro, o despertar de Ronaldinho Gaúcho deu início à reação: primeiro, o camisa 10 serviu no meio para Muralha bater com perigo, à direita de Prass. Depois, R10 lançou na esquerda para Deivid limpar a jogada e tocar para Renato Abreu, que se livrou da marcação e colocou de canhota, no fundo das redes, empatando a partida aos 10 minutos.
Mais bem armado, com Muralha saindo mais para o jogo e Alex Silva bem na defesa, o Flamengo cresceu, e aos 21 minutos o time reclamou de pênalti de Dedé em Ronaldinho Gaúcho, em lance que o árbitro, acertadamente, mandou seguir.
Cristóvão mexeu no Vasco. Tirou Felipe e Fellipe Bastos, dois dos maiores destaques do time, e pôs Bernardo e Eduardo Costa. Logo em seguida, Junior César arrancou pela direita - isso mesmo, pela direita - até levar entrada por trás de Jumar, que já tinha cartão amarelo. O árbitro Péricles Bassols não hesitou em dar o vermelho.
Emoção até o fim
Mesmo com 10 em campo, o Vasco precisava arriscar. Para armar o time, sobrou Dedé. Foi dele o passe açucarado para Bernardo desferir uma bomba bem defendida por Felipe, um dos mellhores em campo. Pouco depois, Junior César sentiu e teve de sair. Vanderlei chegou a ensaiar pôr Thomás e deslocar Renato Abreu para a lateral, mas o camisa 11 sinalizou que não tinha condições físicas. Entrou Rodrigo Alvim.
O sufoco vascaíno continuava. O gigante Dedé empurrava o time. Mas o Flamengo também ameaçava. Léo Moura, em alta velocidade, puxou contra-ataque e lançou Ronaldinho, que obrigou Fernando Prass a uma das defesas mais bonitas da rodada.
Cristóvão trocou Diego Souza por Elton. Renato Abreu simulou falta, foi expulso e por pouco não agrediu Péricles Bassols na mesma hora em que ocorria confusão também em Corinthians x Palmeiras. O Vasco pressionou, mas não conseguiu a vitória. No fim, Felipe, o vascaíno, reclamou com Bassols e foi expulso. Não se conformou com o resultado, que a sua torcida aplaudiu. Agora, há a expectativa de mais um grande duelo de gigantes. Além do Carioca, os dois poderão se encontrar na Libertadores. Haja coração...(POSTADOR POR ARTHUR SILVEIRA)

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

VASCO PERDE POR 2 A 1 E ESTA ELIMINADO DA COPA SULAMERICANA.

por GLOBOESPORTE.COM
Juninho Pernambucano, Universidad de Chile x Vasco (Foto: AFP)Juninho durante  o duelo com a La U. Vasco sofreu
com os contra-ataques chilenos (Foto: AFP)
O Vasco não resistiu ao forte time da Universidad de Chile e perdeu por 2 a 0 na noite desta quarta-feira, no estádio Santa Laura, em Santiago. Com o resultado, o time da Colina está eliminado da Copa Sul-Americana na fase semifinal. Na decisão, os chilenos irão enfrentar a LDU, do Equador, que passou pelo Vélez Sarsfield, da Argentina, com duas vitórias.
Os gols da partida foram marcados por Canales e Vargas. Apesar de ter tido bom volume de jogo e criado algumas oportunidades de gol, o Vasco foi envolvido pela velocidade do contra-ataque da La U. A missão cruz-maltina ficou mais difícil a partir da metade do segundo tempo, quando o time já perdia por 1 a 0 e Fagner foi expulso após dar uma cotovelada em um atleta adversário.
Os vascaínos não têm muito tempo para digerir a eliminação. No próximo domingo, às 17h (de Brasília), no Engenhão, o time faz o clássico contra o Flamengo na última rodada do Campeonato Brasileiro. Para ficar com o pentacampeonato nacional, os cruz-maltinos precisam vencer o arquirrival e torcer para o Corinthians perder para o Palmeiras .
Na velocidade, La U abre o placar com Canales
O técnico Cristóvão Borges optou por entrar em campo com uma formação de mais pegada no meio de campo, que teve Nilton, Romulo, Allan e Juninho. Diego Souza e Alecsandro ficaram mais à frente. A La U mostrou desde o início de que ia dar trabalho com sua principal jogada, o contra-ataque em velocidade. Logo no início de jogo, em um lance deste tipo, Vargas saiu de cara com Fernando Prass e tentou driblar o goleiro cruz-maltino, que saiu em seus pés e fez grande defesa.
Como precisava marcar ao menos um gol para se classificar, o Vasco tentou tomar as rédeas do jogo e passou a levar perigo aos chilenos. Romulo teve boa oportunidade dentro da área após passe de Juninho, mas não conseguiu finalizar com precisão. O Reizinho era quem criava as chances mais perigosas, especialmente nas bolas paradas.
O ímpeto vascaíno, no entanto, gerava espaço para as jogadas em velocidade da Universidad. Vargas, mais uma vez, teve a chance de abrir o placar, mas foi impedido por nova defesa de Prass. Mas aos 30 minutos, o time da Colina não resistiu. Após bate-rebate dentro da área, Aránguiz chutou forte, Fernando Prass conseguiu a defesa, mas deu rebote. Canales chegou na corrida e mandou uma bomba para estufar a rede: 1 a 0.

Fagner é expulso; chilenos se aproveitam para ampliar
Em desvantagem no placar e precisando ao menos de um gol para levar a decisão da vaga para os pênaltis, o Vasco voltou para a segunda etapa com uma mudança para deixar o time mais ofensivo: Bernardo no lugar de Allan. Logo nos primeiros minutos o time teve duas boas oportunidades, com Romulo e Dedé, mas a pontaria não estava precisa. Apesar da tentativa de pressão no ataque, Prass seguia sendo bastante exigido na defesa e precisou se desdobrar nas saídas de gol nas bolas aéreas. Antes dos 15 minutos, Cristóvão mexeu novamente e colocou a equipe de vez no ataque: Leandro entrou na vaga de Juninho.
Romulo, que teve mais liberdade por causa da presença de Nilton, acabou se tornando o jogador mais perigoso, o homem-surpresa. Em chute de fora da área, o volante obrigou o goleiro Johnny Herrera a fazer bela defesa. No ataque chileno, a dor de cabeça era Vargas. O atacante chegou mais uma vez em ótima condição na área, mas perdeu o gol ao tentar dar um lençol em Prass e mandar a bola para fora.
A situação ficou ainda mais complicada para os vascaínos a partir dos 24 minutos, depois que Fagner deu uma cotovelada em Canales e levou o vermelho direto. Três minutos depois, veio o balde de água fria. Mena recebeu na ponta esquerda e cruzou na medida para Vargas, que, nas costas de Jumar, desviou de primeira e não deu chance para Fernando Prass: 2 a 0. Após a expulsão e o gol, Cristóvão tentou recompor o time com a entrada de Diego Rosa na vaga de Diego Souza, que mais uma vez teve uma participação discreta.

O Vasco bem que se esforçou para tentar uma reação, mas já não havia força para isso. Alecsandro até teve uma boa chance após jogada criada por Bernardo, mas não conseguiu finalizar. Os chilenos administraram a vitória até o apito final, sob os gritos de "olé" da sua torcida, que fez uma grande festa para comemorar a primeira vez que a La U chega numa decisão de título internacional.POSTAGEM ARTHUR SILVEIRA(FONTE :globoesporte.com)

domingo, 27 de novembro de 2011

EM JOGO DO ANO PARA O VASCO GANHA FLUMINENSE POR 2 A 1.

O Vasco tinha pouco mais de quatro minutos para fazer um gol e evitar o título antecipado do Corinthians. Fez. Com a dose de superação que se tornou peculiar no time em 2011, Bernardo marcou o gol da vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense aos 45 minutos do segundo tempo e manteve acesa a chance de título brasileiro.
O time cruz-maltino chega aos 68 pontos contra 70 do Timão. Na última rodada, o futuro campeão será decidido à base de rivalidades. Vasco e Flamengo duelam no Engenhão, e Corinthians e Palmeiras se enfrentam em São Paulo.
Para levantar o quinto Brasileirão de sua história, o Vasco precisa vencer o maior rival e torcer para o Corinthians perder o seu duelo regional. Mas a calculadora ficou em segundo plano depois do jogo deste domingo.
Depois de um primeiro tempo pautado pelas chances perdidas e um início de etapa final calcado nas faltas violentas, os times acordaram quando souberam da vantagem do Corinthians em Florianópolis - Liedson marcou o gol da vitória por 1 a 0. Alecsandro abriu o placar, Fred empatou e, quando os torcedores corintianos festejavam o título no Orlando Scarpelli, um lance chorado e na insistência de Bernardo explodiu a maioria vascaína no estádio.
O Fluminense, com 62 pontos, não tem mais como conseguir o título. E ainda corre o risco de perder um lugar na fase de grupos da Libertadores, caso seja ultrapassado pelo Flamengo (que tem 60 pontos). O time novamente sentiu a falta do poder de decisões em clássicos cariocas - são nove no ano e nenhuma vitória. A chance derradeira de triunfo será contra o Botafogo, domingo, em Volta Redonda.
Gols perdidos
Fred entrou em campo com o xodó Maria Clara no colo. A menina, deficiente visual, desembarcou no Rio de Janeiro na sexta-feira a convite do Fluminense e foi ao Engenhão acompanhar o jogo.
Depois de uma semana de expectativa, o Vasco confirmou Elton e Juninho na equipe titular, mas no primeiro tempo ambos deram indícios de que talvez fosse melhor não tê-los. O meia mostrou excesso de vontade e, com 11 minutos de partida, deu dois carrinhos violentos, recebendo cartão amarelo após o segundo. Como estava pendurado, não enfrenta o Flamengo na última rodada. Tentou se redimir depois e levantou uma bola na cabeça de Elton. Livre entre os zagueiros tricolores, ele concluiu mal, por cima do travessão.
Antes disso, logo a um minuto, o Vasco teve por que reclamar. Fagner lançou, Elton fez o corta-luz e a bola sobrou para Diego Souza chutar rasteiro no canto direito de Diego Cavalieri. O auxiliar Dibert Pedrosa paralisou erradamente o lance, assinalando impedimento.
Deco sofreu com a forte marcação e só conseguiu aparecer aos 20. Ele tabelou com Rafael Sobis, Fred recebeu, girou e chutou. A bola desviou na perna de Renato Silva, encobriu Fernando Prass e caprichosamente bateu no pé da trave esquerda.
Logo na sequência, o gramado molhado salvou o Vasco. Mariano cruzou rasteiro, Leandro Euzébio apareceu na segunda trave, mas escorregou e não conseguiu finalizar. O jogo melhorou e ganhou gols perdidos para o seu índice. Mal no jogo, Elton protagonizou um lance do Inacreditável Futebol Clube. Após escanteio, Rômulo cabeceou, Diego Cavalieri fez ótima defesa e, dentro da pequena área, o atacante finalizou no travessão.
Na jogada seguinte, o Flu respondeu com excelente troca de passes, que terminou com um chute perigoso de Marquinhos, desmarcado, quase na marca do pênalti.
Vasco comemora vitória sobre o Fluminense (Foto: Alexandre Durão / GLOBOESPORTE.COM)Jogadores do Vasco comemoram durante o clássico (Foto: Alexandre Durão / GLOBOESPORTE.COM)
Alecsandro e Bernardo saem do banco para decidir
Na volta para o segundo tempo, Cristóvão Buarque tirou Elton e colocou Bernardo. Desta forma, o Vasco ficou sem atacante de origem em campo - Diego Souza e Bernardo eram os mais avançados.
A partida ficou nervosa - até os 12 minutos da etapa final foram sete amarelos - e caiu tecnicamente. Enquanto se revezavam nas faltas fortes, os times souberam que o Corinthians abria o placar em Florianópolis. O resultado eliminava o Flu e obrigava o Vasco a vencer para manter vivas as chances de título.
Mas a grande chance foi tricolor. Deco foi esperto em cobrança de falta e deixou Rafael Sobis na cara de Fernando Prass. O atacante bateu rasteiro, com estilo, mas a bola saiu a centímetros da trave direita. Cristóvão colocou Alecsandro na vaga de Felipe e recuou Diego Souza, que colecionou seis impedimentos na partida. O atacante foi letal aos 31. Fellipe Bastos cruzou, Rômulo desviou e Alecsandro, na segunda trave, cabeceou para abrir o placar. A bola ainda tocou nas duas pernas de Diego Cavalieri antes de entrar.
O Vasco teve a chance de decidir o jogo logo depois. Diego Souza entrou na área, cruzou e Diego Cavalieri espalmou parcialmente. Dentro da pequena área, Leandro Euzébio conseguiu bloquear o chute de Alecsandro.
O erro foi imperdoável, e a conta veio depois. Após um balão para a área, Renato Silva pediu falta, Fred dominou no peito e bateu para empatar, aos 38. Um gol tricolor, mas com dividendos corintianos. Os vascaínos se descontrolaram, pedindo falta no lance do gol de empate. Leandro, mesmo no banco, foi expulso por ofender e tentar agredir fisicamente o árbitro Marcelo de Lima Henrique.
- Está comprado - gritou.
Aos 45 minutos, Bernardo pôs mais emoção na partida e garantiu sobrevida ao campeonato. Recebeu ótimo cruzamento de Alecsandro na área, apareceu por trás dos zagueiros e cabeceou para defesa de Cavalieri. Ainda aproveitou e chutou, colocando 2 a 1 no placar. Na comemoração, foi em direção à torcida e chorou. Os cinco minutos de acréscimo foram de cenas explícitas de vibração e êxtase da torcida vencedora. Ao fim do jogo, os jogadores agradeceram, e o herói Bernardo voltou a chorar, sem conter a emoção.
Bernardo comemora gol do Vasco contra o Fluminense (Foto: Divulgação / Site Oficial do Vasco)Bernardo comemora segundo gol do Vasco sobre o Fluminense (Foto: Divulgação / Site Oficial do Vasco)POSTADO POR ARTHUR SILVEIRA (FONTE)GLOBOESPORTE.COM

PROXIMA E ULTIMA RODADA.

VASCO X FLAMENGO        BOTAFOGO X FLUMINENSE

BOTAFOGO É GOLEADO POR ATLETICO-MG POR 4 A 0.

O domingo foi do jeito que a torcida atleticana gosta. A goleada sobre o Botafogo, por 4 a 0, na Arena do Jacaré, pôs um fim ao pesadelo de ser rebaixado e ainda abriu a possibilidade de o time condenar à Segundona o arquirrival Cruzeiro na última rodada. O sonho botafoguense de disputar a Taça Libertadores do ano que vem está ainda mais distante.
O Galo chegou aos 45 pontos e subiu para a 13ª colocação na tabela, não podendo mais ser alcançado pela turma do Z-4. O Botafogo estacionou nos 55, na nona posição, e precisará de uma combinação de resultados para chegar ao G-5, torcendo contra Coritiba, Inter, Figueirense e São Paulo.
Ironicamente, o alívio mineiro veio em partida contra um grande algoz dos últimos anos. Esta foi a segunda vitória sobre o Botafogo nos últimos 23 confrontos entre os dois - a outra havia sido no Brasileiro de 2008.
Apesar de dois sustos no começo do jogo, os mandantes tiveram amplo domínio na partida, marcada por dois tempos distintos. No primeiro, muita correria de ambos os times. No segundo, um Botafogo desinteressado e que oferecia pouca resistência ao entusiasmo atleticano.
Na rodada final do Brasileirão, os dois times terão clássicos pela frente. O Atlético-MG encara o Cruzeiro - que neste domingo ficou no empate com o Ceará - na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. E o Botafogo pega o Fluminense no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Os dois jogos serão às 17h (de Brasília) do próximo domingo.
jogadores atlético-mg comemoram vitória sobre o Botafogo (Foto: Marco Antônio Astoni / Globoesporte.com)Jogadores do Atlético-MG comemoram vitória sobre o Bota (Foto: Marco Antônio Astoni / Globoesporte.com)
Galo soberano
O jogo começou e o Atlético-MG mostrou, logo de cara, que iria partir pra cima do Botafogo, repetindo uma estratégia de sucesso usada nos últimos jogos em casa. Mas o time carioca não aceitou a pressão e, com o domínio do meio-campo, criou duas incríveis chances antes dos dez minutos, com Elkeson e Felipe Azevedo, ambas desperdiçadas.
O Botafogo pagou caro pelos gols perdidos. No primeiro ataque que teve, o Atlético-MG fez o gol. Daniel Carvalho fez 1 a 0 ao cobrar um pênalti sofrido por Neto Berola, que fez um carnaval na área até ser derrubado. Com a tranquilidade da vantagem no placar, o Galo tomou as rédeas do jogo. Bernard perdeu chance clara de gol e, desta vez, não valeu a máxima de "quem não faz, leva". Porque foi o Atlético-MG que marcou, com André, logo no lance seguinte, fazendo a Arena do Jacaré explodir.
O Botafogo acusou o golpe. Por mais que tentasse, não conseguia se organizar em campo, e o Galo, numa tarde inspirada de Bernard e Daniel Carvalho, tocava a bola com tranquilidade. No entanto, um vacilo de Richarlyson permitiu ao Botafogo chegar à área do Atlético-MG e conseguir um pênalti. Um gol o colocaria novamente no jogo, mas a cobrança de Loco Abreu voou por cima do gol de Renan Ribeiro. E os donos da casa foram para o intervalo com 2 a 0.
Golaço pra selar a vitória
A velocidade dos times no segundo tempo foi nitidamente inferior. O placar do primeiro tempo era o que Atlético-MG necessitava para escapar da degola, por isso cozinhava o jogo de forma inteligente e sem se expor desnecessariamente. Com a entrada de Triguinho no lugar de Richarlyson, o sistema defensivo praticamente não dava espaços ao adversário.
O Botafogo, mesmo brigando por uma vaga na Libertadores, parecia desinteressado, jogando apenas para cumprir tabela. Buscava as jogadas lentamente, com toques de lado e sem inspiração, tornando-se presa fácil.
No entanto, foi nesse panorama de apatia que surgiu uma pintura, o terceiro gol do Atlético-MG. André recebeu lançamento perfeito de Leonardo Silva e deu um leve toque sobre o goleiro Jefferson, fazendo um golaço. O Galo ainda faria mais um, selando a goleada em cima do Botafogo. Nos minutos finais da partida, Bernard cobrou falta para a área, e Leonardo Silva apareceu na segunda trave para escorar para o gol.
Depois disso foi só festa. A torcida do Atlético-MG ensaiou até uma ola na Arena do Jacaré, comemorando aliviada um fim de ano que se desenhou terrível alguns meses atrás.POSTADO POR ARTHUR SILVEIRA.

FLAMENGO VENCE INTER E FICA CADA VEZ MAS PERTO DA LIBERTADORES

Uma escalação surpreendente, um craque sortudo e um goleiro que mais parecia uma parede. Num domingo de reencontro com a vitória após três jogos, o Flamengo superou o Inter, rival direto na disputa por uma vaga na Libertadores da América, voltou ao G-5 e só depende dele para ir à competição continental na próxima temporada.

No estádio Cláudio Moacyr, em Macaé, no Norte Fluminense, o Rubro-Negro foi engolido no primeiro tempo, mas mesmo assim conseguiu sair na frente. Ronaldinho voltou a marcar depois de pouco mais de dois meses. Depois, fechou a porta, jogou a chave fora e conseguiu manter um resultado importantíssimo.

O placar de 1 a 0, magrinho, tem importância gigantesca. Com 60 pontos, a equipe sobe da sexta para a quarta posição e só precisa de um ponto no clássico contra o Vasco para ficar com a vaga, na última rodada.
Ronaldinho Gaúcho comemora gol do Flamengo contra o Internacional (Foto: André Portugal / Vipcomm)Ronaldinho Gaúcho comemora gol do Flamengo contra o Internacional (Foto: André Portugal / Vipcomm)
O Colorado, que se via em situação até certo ponto tranquila, não depende mais do próprio esforço. Com 57 pontos, está em sexto, vai precisar vencer o Grêmio e torcer por uma derrota do próprio Flamengo ou para que o Coritiba não vença o Atlético-PR, na Arena da Baixada. Faltou sorte ao time vermelho. Faltou calma ao zagueiro Rodrigo Moledo, que falhou no lance que decidiu o confronto.
Domingo que vem, o Flamengo enfrenta o Vasco. O local da partida ainda será definido, mas provavelmente vai ser no Engenhão. O Inter recebe o Grêmio no Beira-Rio. Todas as partidas da última rodada do Brasileirão serão às 17h (de Brasília).
Mãozinha para R10
É caprichoso esse tal de futebol. E também é cruel. O Inter que o diga. Foram 45 minutos de domínio, de futebol mais organizado e vistoso, de absoluto controle tático. De algumas boas chances de abrir o placar. O gol poderia ter saído com Leandro Damião, em cabeçada forte que Felipe espalmou. Com D’Alessandro, o melhor em campo, em chute colocado que buscava o ângulo. Ou com Gilberto, numa conclusão de dentro da área. Poderia, poderia, poderia...
O Flamengo correu sério risco de ir para o intervalo sob vaias. Cheio de mudanças, o Rubro-Negro jogou na base da vontade. Esforço que não escondeu as deficiências da equipe. Vanderlei Luxemburgo surpreendeu na escalação. Welinton voltou a ser titular, Rodrigo Alvim, que poucas vezes foi relacionado no ano, substituiu o suspenso Junior Cesar - e foi muito vaiado. No meio, Fierro ganhou uma chance. No ataque, Deivid sobrou. O camisa 9, artilheiro do time na competição com 15 gols, foi para o banco. Thomás entrou e fez dupla com Ronaldinho.

Como referência na linha de frente, R10 vagou em campo, quase não tocou na bola. Uma cobrança de falta que explodiu no peito do goleiro Muriel, algumas tentativas frustradas de dribles e arrancadas, um carrinho violento em Nei. Foi o pouco que ele fez. Mas quando fizeram por ele, soube aproveitar. Aos 46 minutos, Thiago Neves tentou cruzamento para a entrada da área, o zagueiro Rodrigo Moledo cortou errado e entregou a bola para o camisa 10. Com calma e categoria, o Gaúcho entrou na área e bateu na saída de Muriel. Gol com jeitão de soco no estômago dos colorados: 1 a 0.

Se gol tivesse nome, este poderia ser chamado de alívio. Ronaldinho, que vive os dias mais conturbados desde a chegada ao Flamengo, não marcava havia dois meses, desde 21 de setembro. Na comemoração, ele encarou os reservas do Inter, saltou, abraçou e foi abraçado, reverenciou a torcida, sambou. Oitavo gol dele em 14 partidas contra o Colorado.
Um torcedor do Flamengo atirou uma garrafa plástica na direção do trio de arbitragem logo depois do encerramento da primeira etapa. Evandro Rogério Roman recolheu o objeto e deve relatar na súmula.

Fla vai na raça, e Felipe segura o Inter
O Inter voltou para o segundo tempo com a certeza de que havia sido bem melhor na etapa inicial, mas com prejuízo no placar. Esbarrou num adversário fortalecido e nos próprios erros. D’Alessandro já não jogava tão bem, Oscar andava sumido, Nei não apoiava tanto, e Damião pouco recebia bolas na área. Pior: o Flamengo quase ampliou com um voleio de R10 – Kléber salvou sobre a linha – e numa cabeçada de Welinton que passou rente à trave. A primeira chegada com perigo do Colorado foi aos 14. D’Alessandro recebeu passe na entrada da área, bateu colocado, mas a bola se perdeu pela linha de fundo.
Dorival Júnior não esperou muito e lançou Andrezinho no lugar do atacante Gilberto. O toque de bola colorado melhorou, e a equipe passou a fazer pressão. Muita pressão. Ali começava a aparecer outra figura do jogo: Felipe. Numa sequência de ataques da equipe vermelha, o camisa 1 virou um muro. Foi bem nas saídas de gol, não deu rebotes e fez até milagre. Quando Damião recebeu passe na área, Alex Silva até tentou acompanhá-lo, mas o artilheiro girou rápido e bateu forte. Felipe pegou de forma incrível. Na sequência do lance, o atacante dividiu com Fierro e caiu na área. O árbitro nada marcou, mas os gaúchos pediram pênalti. D’Ale também tentou em chute de longe, mas em sucesso.

Luxa lançou Negueba na vaga de Thomás, mas a postura rubro-negra pouco mudou. O time esperava o Inter, se defendia a todo custo e buscava jogar nos contra-ataques. Os gaúchos se lançavam cada vez mais, só que batiam e voltavam. Dorival Júnior foi expulso por reclamação. O tempo foi passando, passando, até que o cenário se tornou irreversível.

Foi um domingo especial para os rubro-negros. Dia de dar um tempo na crise, de crescer na hora certa para não deixar o projeto afundar. Foi um domingo chato para os colorados. Dia em que nada deu certo, de frustração. Domingo que vem tem mais. POSTADO POR ARTHUR SILVEIRA.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

VASCO EMPATA EM CASA POR 1 A 1 .


Os torcedores cruz-maltinos foram para casa nesta quarta-feira, após o duelo entre Vasco e Universidad de Chile, em São Januário, com um empate com sabor de derrota. A equipe da Colina saiu na frente do placar mas permitiu que o adversário chegasse ao 1 a 1. Depois de um grande primeiro tempo, os vascaínos tiveram uma queda de produção brusca na segunda etapa e viram a vantagem desaparecer no gol de González. Bernardo fez o gol para o time da casa.

Com o resultado, os chilenos jogam com a vantagem do empate por 0 a 0 no confronto de volta, em Santiago, na próxima quarta. Um novo 1 a 1 leva a disputa para os pênaltis e qualquer empate com dois ou mais gols classifica o Vasco. Quem vencer avança para a final da Sul-Americana. O vencedor deste duelo enfrenta quem passar de Vélez Sarsfield, da Argentina, e LDU, do Equador.
Antes de decidir a vaga na final, o clube da Colina volta suas atenções para a disputa do Brasileiro. Neste domingo, às 17h (de Brasília), o time enfrenta o Fluminense em um clássico importantíssimo na luta pelo título.
Bernardo aproveita 'passe de sorte' de Allan e marca
 Como já havia feito durante a competição, o time chileno não ficou apenas no campo de defesa esperando os contra-ataques, o que deixou o jogo aberto e cheio de alternativas. Com poucas faltas e poucos erros de passes, as chances começaram a aparecer. Juninho, pelo lado do Vasco, e Vargas, pela La U, tiveram boas oportunidades em chutes de fora da área.
Os cruz-maltinos levaram um susto quando Dedé errou a saída de bola e deu boa chance a Vargas dentro da área, mas logo o time da casa começou a se impor, especialmente nos pés de Allan e Felipe. O camisa 6 teve uma ótima oportunidade em finalização da entrada da área, mas a bola passou à esquerda. Pouco depois, deu bom passe para Elton, que chutou forte e acertou o travessão do goleiro Jhonny Herrera.
De tanto tentar, o Vasco conseguiu chegar ao gol, e com uma dose de sorte. Allan deu passe, a bola desviou na defesa e foi na medida para Bernardo, que, livre de marcação, chutou cruzado de perna direita para abrir o placar na Colina: 1 a 0.
Vendo o domínio vascaíno, o técnico Jorge Sampaoli fez uma alteração antes do intervalo: colocou Matías Rodriguez no lugar de Lorenzetti. O Universidad cresceu no jogo e teve duas boas chances, uma em falta cobrada por Mena e outra em um rebote mal aproveitado por Canales, que mandou por cima.

Vasco cansa e permite o empate chileno

 Apesar de estar à frente no placar, o Vasco voltou do vestiário com uma postura bastante ofensiva, com o objetivo de aumentar sua vantagem para o jogo de volta, no Chile. Apesar da pressão, quem teve a primeira boa chance foi La U, em uma bomba de Matías Rodriguez. A resposta foi com Felipe em chute da entrada da área, mas a bola subiu demais. O camisa 6 deu lugar a Fellipe Bastos aos 15 minutos. Pouco depois, aos 19, foi a vez de Elton pedir para sair e ser substituído por Alecsandro.

Quem passou a aparecer mais foi o goleiro Fernando Prass. Até os 20 minutos ele salvou o Vasco em pelo menos duas oportunidades. A primeira em um chute de Vargas de dentro da área, e a segunda após finalização cheia de veneno feita por Díaz. Aparentando cansaço, o time cruz-maltino permitia cada vez mais a chegada do adversário. A melhor chance dos donos da casa veio em uma bola parada. Juninho cobrou na cabeça de Dedé, que, sozinho, deu um peixinho. O goleiro conseguiu defender sem dar rebote.
O gol chileno, que estava amadurecendo, aconteceu aos 33 minutos. Após bola longa levantada na área, González subiu livre por trás da defesa e deu um toque sutil de cabeça para vencer Prass: 1 a 1. Após o empate, o Vasco até teve duas ótimas chances em cabeçadas de Alecsandro, que não conseguiu vencer Jhonny Herrera. A pressão foi até o fim, mas o time da Colina não teve pernas para chegar ao segundo gol. Melhor para os chilenos.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

VASCO EMPATA COM PALMEIRAS E FICA A 2 PONTOS DO LIDER.

O atual Palmeiras pode não ser um primor de técnica ou jogo bonito, mas dignidade não falta aos comandados de Luiz Felipe Scolari. Nesta quarta-feira, ainda precisando de pontos para fugir do rebaixamento, o Verdão somou mais um e ajudou o rival Corinthians ao empatar por 1 a 1 com o Vasco, no Pacaembu. Muito abaixo da média, o time carioca até saiu na frente, com Dedé, mas não segurou a pressão alviverde no segundo tempo e deixou o Timão abrir dois pontos de vantagem na ponta do Campeonato Brasileiro.
Nos primeiros dez minutos, a equipe de Cristóvão Borges manteve o nível das atuações anteriores e encurralou os donos da casa. Depois, porém, se perdeu e chegou a lembrar o Palmeiras de seus piores dias da temporada. O empate leva o Vasco aos 62 pontos, ainda na vice-liderança, mas vendo o Corinthians com 64 após bater o Ceará por 1 a 0, em Fortaleza.
Jogando sua vida para evitar o risco de rebaixamento, o Palmeiras chega aos 43, ultrapassa Bahia e Atlético-GO, e mantém uma distância de seis pontos para a zona da degola, a três rodadas do fim do Brasileirão. Dentro de suas limitações, o Verdão atuou bem pelo segundo jogo seguido. No entanto, já são dez jogos sem vitórias.
Na próxima rodada, o Vasco terá a chance de assumir a liderança de maneira provisória: recebe o Avaí em São Januário, às 19h de sábado. No dia seguinte, o Palmeiras visita o Bahia em Pituaçu, às 19h.
Iluminado, de novo...
Não deu tempo nem de os palmeirenses se ajeitarem na gelada arquibancada do Pacaembu. O Vasco mostrou que queria logo resolver a partida e encurralou o time da casa em seu campo de defesa, adiantando a marcação e apostando na fase iluminada daquele que é, hoje, o melhor jogador da equipe. Logo aos três minutos, foi o zagueiro Dedé quem subiu sozinho na pequena área, contou com uma saída errada de Deola e aproveitou sem problemas o escanteio cobrado por Felipe: 1 a 0 rápido, eficiente e preciso - no melhor estilo Dedé. Quarto gol nos últimos três jogos.
Com a vida resolvida lá na frente, Dedé voltou à sua função inicial e não perdeu uma bola aérea sequer, justamente na principal arma do Palmeiras. Marcos Assunção, sempre de falta, exigiu duas belas defesas de Fernando Prass. Com a bola no chão, tem faltado inspiração, mas ao menos se manteve a disposição do empate por 2 a 2 com o Grêmio - foi o suficiente para uma pequena pressão sobre o rival.
O problema é que o domínio aéreo de Dedé forçou o Verdão a jogar com tabelas e jogadas rápidas de seus atacantes. Isso, o time de Luiz Felipe Scolari não tem. Para variar, o Palmeiras martelou demais e não conseguiu nada. E para variar novamente, o Vasco apostou na rapidez de seus jogadores ofensivos e quase marcou o segundo. Diego Souza, pelo lado esquerdo, puxou pelo menos duas situações de perigo à defesa alviverde. Deola precisou intervir.
Na arquibancada, a torcida vascaína se inflamou a cada toque na bola de Dedé. A torcida palmeirense, em maior número, limitou-se a reclamar de cada erro bobo de passe no meio-campo, ainda assim sem muito entusiasmo. O público presente no Pacaembu representou bem o atual estado de espírito de cada equipe.
Cicinho e Felipe, Palmeiras x Vasco (Foto: Sergio Neves/Agência Estado)O palmeirense Cicinho e o vascaíno Felipe disputam lance (Foto: Sergio Neves/Agência Estado)
Entrega? Só no bom sentido
Meio desligado, o Vasco deu campo para o rival no início da segunda etapa. E o Palmeiras avançava, aos trancos e barrancos, e levava mais perigo a Fernando Prass. Felipão percebeu o bom momento e resolveu inovar nas alterações, algo que não fazia há algum tempo: lançou os esquecidos Pedro Carmona e Dinei, que deram nova dinâmica ao ataque palmeirense.
Logo no primeiro lance com os dois em campo, saiu o empate que já era justo. Aos 18, após cobrança de escanteio de Assunção e confusão na área, Dinei atrapalhou Prass e a bola sobrou limpa para Luan, ilha de lucidez no ataque alviverde. De frente para o gol, o atacante teve tranquilidade para dar um leve toque para o fundo da rede: 1 a 1.
Aí a equipe da casa finalmente cresceu e provou que ainda tem valor. A torcida vascaína, já mais apreensiva, clamava pela entrada de Elton - o time passou quase 70 minutos sem centroavante de referência na área. Cristóvão Borges atendeu ao pedido, e o Vasco tentou se reorganizar, até o placar eletrônico entrar em ação: em Fortaleza, Ceará 0 x 1 Corinthians. Pressão extra para os cariocas, que gritaram da arquibancada: “Entrega, entrega”. O Palmeiras se entregou, no sentido positivo, correndo ainda mais e buscando o gol da virada.
Os papéis se inverteram. O Palmeiras mostrou a organização que foi marca do Vasco no campeonato inteiro, enquanto o time cruz-maltino, ao contrário, apresentou um desespero típico do Verdão em seus dias mais difíceis da temporada. Felipe perdeu chance incrível dentro da área, Dedé levou mais perigo na bola aérea, e Bernardo, que entrou na vaga de Éder Luis, pouco fez. O empate prevaleceu, com mais um passo alviverde rumo à salvação e uma ajuda involuntária ao rival histórico.POSTADO POR ARTHUR SILVEIRA.

FLUMINENSE VENCE GREMIO EM JOGO DE MUITOS GOLS POR 5 A 4.

Um jogo, nove gols, um artilheiro. Numa noite em que colocou quatro bolas no fundo da rede, Fred foi o protagonista da grande partida em que o Fluminense venceu por 5 a 4 o Grêmio, nesta quarta-feira, pela 35ª rodada do Brasileirão. O atacante, agora vice-artilheiro do campeonato com 17, ajudou sua equipe a seguir viva na luta pelo título e a se consolidar como possível dona de uma vaga na Libertadores de 2012.
O resultado fez o Fluminense chegar a 59 pontos, mantendo-se na terceira posição na tabela. Segue em busca do título, ainda com três rodadas a disputar. No próximo domingo, enfrenta o Figueirense em Florianópolis. Já o Grêmio, que ocupa o 11º lugar com 47 pontos, pega o Ceará no Olímpico.
A partida teve muitos protestos dos gremistas quanto à arbitragem de Francisco Carlos Nascimento (AL), sobretudo após o quinto gol carioca. Eles reclamaram de uma suposta falta de Leandro Euzébio no lance. O atacante Brandão foi expulso, aumentando a revolta dos jogadores, que ameaçaram até abandonar o campo.
Grêmio abre o placar em falha de Cavalieri 
Com grandes ambições no Campeonato Brasileiro, ao contrário do seu adversário, o Fluminense entrou em campo com a obrigação de atacar. Até o fez, mas de maneira desorganizada, deixando muitos espaços para o Grêmio. Assim, além de não conseguir criar chances consistentes, o Tricolor carioca não demorou muito a sofrer pressão dos gaúchos.
Aos 16 minutos, o Grêmio abriu o placar contando com uma falha de Diego Cavalieri. Após cobrança de escanteio pela direita, o goleiro do Fluminense saltou mas não alcançou a bola. Ela chegou limpa para o zagueiro Rafael Marques, que cabeceou para fazer 1 a 0.
Fred comemora gol do Fluminense sobre o Grêmio (Foto: Cezar Loureiro/Agência O Globo)Fred comemora um de seus quatro gols sobre o Grêmio (Foto: Cezar Loureiro/Agência O Globo)
O Fluminense procurou reagir logo depois de sofrer o golpe e chegou a acertar uma bola no travessão, com Leandro Euzébio. E foi também numa jogada de bola parada que alcançou o empate, aos 24 minutos. Marquinho cobrou falta forte na área, e Fred, de cabeça, antecipou-se a Victor, fazendo 1 a 1.
Dono da bola na maior parte do primeiro tempo, o Fluminense não conseguiu transformar esse domínio em superioridade. Disposto a virar o placar a seu favor, foi para cima do Grêmio, mas deixou o campo livre para sofrer contra-ataques. Pelo lado direito, Mário Fernandes e Marquinhos encontravam muitos espaços, atuando nas costas de Carlinhos.
Pouco tempo depois de Brandão acertar o travessão numa cabeçada, o Grêmio foi para o intervalo em vantagem no último lance do primeiro tempo, aos 45 minutos. Após o árbitro marcar falta duvidosa em Lúcio, Marquinhos cobrou com precisão. A bola passou no meio da barreira, e Diego Cavalieri não conseguiu chegar.
Flu vira na segunda etapa com mais três de Fred
O Fluminense voltou para a segunda etapa dando mostras de abatimento pelo gol sofrido e chegou a levar uma pressão do Grêmio. No entanto, num lance em que seus dois principais jogadores mostraram extrema qualidade, o Fluminense chegou ao empate, aos sete minutos. Deco acertou um lindo lançamento para Fred. Com uma matada de categoria, o camisa 9 ajeitou e chutou forte. A bola passou por baixo de Victor e entrou.
Com maior liberdade para o maestro Deco criar, o Fluminense passou a tomar conta da partida, desta vez atacando com organização. E, assim, o resultado não demorou a aparecer. Rafael Sobis recebeu a bola fora da grande área, ajeitou e chutou forte. A bola entrou no canto direito do goleiro de Victor, aos 16 minutos, decretando a virada do Tricolor carioca. Foi o primeiro gol do atacante - criado nas divisões de base do Internacional - sobre o Grêmio.
Com os cariocas na frente no placar, foi o aparentemente desinteressado time gaúcho que se impôs em campo. Aproveitando os incríveis erros de passe e espaços deixados pelo Fluminense na marcação, o Grêmio alcançou a virada em dois minutos. Aos 29, Brandão empatou de cabeça. Aos 30, Adilson acertou lindo chute de fora da área e marcou o quarto.
Logo em seguida, o árbitro marcou pênalti de Adilson em Carlinhos, em mais uma oportunidade para o Fluminense igualar. Fred cobrou com categoria e marcou seu terceiro gol na partida, fazendo 4 a 4 aos 33 minutos. E o atacante ainda não tinha terminado sua tarefa. Aos 36 minutos, ele aproveitou a rebatida da zaga gaúcha e marcou o quinto do Flu e o seu quarto gol da noite. Para manter a emoção até o fim da partida, o Grêmio - que perdeu Brandão, expulso - ainda acertou uma bola no travessão, com Douglas. Fred, em noite inspirada, esteve perto do seu quinto gol, mas também concluiu no poste.POSTADO POR ARTHUR SILVEIRA (FONTE GLOBOESPORTE.COM

BOTAFOGO PERDE PARA AMERICA-MG POR 2 A 0.

O América-MG aprontou mais uma nesta quarta-feira. Depois de derrotar Corinthians e Fluminense, o Coelho bateu o Botafogo por 2 a 1 em Sete Lagoas. Segue vivo no Campeonato Brasileiro e ainda tem chance de escapar da queda para a Série B, o que há poucas rodadas parecia uma missão impossível. O Botafogo, por sua vez, entra de vez em crise. Com cinco derrotas em seis jogos (sendo três consecutivas), a equipe corre o risco de ficar fora do G-5, caso o Flamengo pontue contra o Figueirense no jogo desta quinta. Kempes e Fábio Júnior marcaram os gols da vitória mineira. Loco Abreu descontou para o Botafogo.
O time alvinegro, que teve um gol mal anulado pelo árbitro André Luiz de Freitas Castro, estacionou nos 55 pontos e está em quinto lugar. O América-MG chegou aos 34 e continua em 19º na tabela.

Na próxima rodada, o América-MG encara o São Paulo no Morumbi, às 19h de sábado. No dia seguinte, o Botafogo enfrenta o Inter, no Engenhão, a partir das 17h.

Erros de um lado, gols do outro
O técnico Caio Júnior surpreendeu e entrou com o zagueiro Gustavo no lugar do atacante Herrera. Com isso, liberou os laterais para avançar mais e pediu que Maicosuel e Elkeson voltassem menos para marcar. A tática, inicialmente, demorou a encaixar. Embalado pelas vitórias sobre Fluminense e Corinthians, o América-MG começou a partida pressionando. Nos primeiros dez minutos, a bola não saiu de perto da área alvinegra. Mas apenas uma boa chance foi criada, com Fábio Júnior girando dentro da área e obrigando Jefferson a fazer boa defesa.
Contudo, aos poucos, o Botafogo foi se encontrando em campo. E aí dominou o jogo. Em linda troca de passes, quase fez o primeiro. Loco puxou contra-ataque, tocou para Maicosuel na área, e o camisa 7 deixou Elkeson livre para marcar. O meia, entretanto, bateu mal, por cima do gol.
O Glorioso seguiu crescendo e perdendo chances. Em escanteio, Fábio Ferreira cabeceou sozinho, mas errou por muito o alvo. Também de cabeça, Elkeson tentou completar cruzamento de Cortês, mas mandou para fora. O camisa 9 voltou a chegar perto do gol depois de bonita tabela com Maicosuel pela esquerda. O chute passou tirando tinta da trave. O Botafogo ainda reclamou de um possível pênalti em Maicosuel, mas o juiz entendeu que o jogador alvinegro simulou a falta.
Quando parecia que o Botafogo tinha o jogo dominado, Cortês saiu jogando mal e dividiu o lance com um adversário. A bola parou nos pés de Fábio Júnior. O atacante invadiu a área e foi derrubado por Jefferson. Pênalti convertido com força no meio do gol por Kempes: 1 a 0. O Coelho se animou e, aproveitando o nervosismo do rival, aumentou a vantagem no placar. Mattos foi desarmado, a bola passou ao lado de Gustavo, que não conseguiu cortar. Fábio Júnior não desperdiçou a oportunidade e mandou para o fundo do gol. O América-MG só não chegou ao terceiro antes do intervalo porque Jefferson fez uma defesaça em chute cruzado de Gilson.
Kempes comemora gol do América-MG sobre o Botafogo (Foto: Alisson Gontijo/Agência Estado)O atacante Kempes comemora após converter pênalti (Foto: Alisson Gontijo/Agência Estado)
Segundo tempo de ataque contra defesa
Perdendo o jogo, Caio Júnior fez modificações na equipe no início do segundo tempo: Elkeson e Cortês deram lugar a Herrera e Everton. No entanto, elas não mudaram muito o panorama do jogo. Sem pressa, o América-MG tocava a bola, e o Botafogo, nervoso, não conseguia se achar. Em 15 minutos, nenhum dos times havia feito nada digno de registro.
Mas a situação começou a mudar aos 18. Herrera chutou de fora da área, a bola bateu em Loco Abreu, se enrolou no atacante e acabou caindo em seus pés. Com frieza, o uruguaio mandou por cima do goleiro, com uma cavadinha. O nervosismo trocou de lado, e Gilson fez falta dura em Maicosuel, recebendo o cartão vermelho. Com isso, o jogo passou a ser de ataque contra defesa.
Loco, em duas oportunidades, quase igualou para o Botafogo. Em ambas, recebeu na área e mandou muito perto do gol. Herrera até conseguiu mandar a bola para a rede. Contudo, o árbitro, erradamente, marcou impedimento do atacante.

Quanto mais o jogo se aproximava do fim, mais o nervosismo se instalava em ambos os lados. O América-MG tentava segurar o resultado. O Botafogo procurava pelo menos o gol de empate. Mattos e Maicosuel, de longe, fizeram os torcedores do Coelho temerem o pior. Contudo, os chutes passaram ao lado, e o time da casa conquistou mais um importante resultado.POSTADO POR ARTHUR SILVEIRA.FONTE (globoesporte.com)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

FLAMENGO PERDE PARA CORITIBA POR 2 A 0.

 É o Flamengo que sonha com o título brasileiro, mas foi o Coritiba que mandou e desmandou em campo neste domingo, no Couto Pereira. O time paranaense controlou a partida, pela 34ª rodada do Brasileiro, e venceu facilmente por 2 a 0. Leonardo e Maranhão fizeram os gols, ambos no primeiro tempo.
Apegando-se às possibilidades de classificação à Libertadores, o Coritiba conseguiu uma inédita sequência de três vitórias neste campeonato, está em nono e pulou para 51 pontos - a quatro do G-5 - à base de velocidade ofensiva e forte marcação na dupla Thiago Neves e Ronaldinho.
O camisa 10 rubro-negro teve atuação apagada e pouco ajudou sua equipe. O Rubro-Negro para nos 55 pontos - a seis do líder Corinthians - e termina a rodada em sexto, fora da zona de classificação à Libertadores. Há seis rodadas o time não saía do G-5. Em 90 minutos, o time visitante só deu cinco chutes a gol contra 14 dos vencedores.
O Coxa mantém a freguesia sobre o rival. São oito vitórias seguidas no Couto Pereira - a última do Fla foi em 1998.

Na próxima rodada, a 35ª, os dois times jogam na quinta-feira. O Coritiba visita o Atlético-MG, e o Flamengo recebe ascendente Figueirense, que coleciona 13 jogos de invencibilidade e seis vitórias seguidas.

Coritiba domina. Fla tem pane defensiva
As escalações iniciais tiveram mudanças relevantes. Marcelo Oliveira mexeu no centroavante e trocou Bill por Leonardo. Protegido por Vanderlei Luxemburgo durante todo o Brasileiro, Welinton perdeu a vaga para Ronaldo Angelim. O treinador justificou dizendo que o defensor barrado está acima do peso. Muralha, que deu duas assistências na goleada por 5 a 1 sobre o Cruzeiro, na última rodada, e disputava vaga no time titular, não foi relacionado sequer para o banco de reservas.
O rápido sistema ofensivo dos donos da casa, com Davi, Marcos Aurélio e Rafinha, levou a melhor sobre a zaga rubro-negra nos primeiros minutos.
leonardo coritiba gol flamengo (Foto: Heuler Andrey / Agência Estado)Leonardo comemora o primeiro gol do Coxa sobre o Flamengo (Foto: Heuler Andrey / Agência Estado)
Isolado na parte ofensiva, Ronaldinho limitou-se a gesticular pedindo aproximação dos companheiros. Responsável pela ligação, Thomás só apareceu por causa dos seguidos escorregões. Em um deles, o Coritiba armou o contra-ataque, e Marcos Aurélio chutou perto da trave. No lance seguinte, o mesmo jogador concluiu e Felipe espalmou. Na cobrança de escanteio, porém, Renato marcou mal, Emerson desviou na primeira trave e Leonardo completou livre, aos 30: 1 a 0.
A trágica atuação defensiva do Flamengo teve outro capítulo aos 35. Maranhão roubou bola de Ronaldinho no meio, Renato assistiu, e o lateral chutou forte. A bola desviou em David Braz e entrou. Com a derrota batendo à porta, Vanderlei Luxemburgo fez uma mudança curiosa. Trocou Thomás pelo volante Willians.
O Fla teve a chance de diminuir aos 37, mas Jailson Macedo Freitas ignorou pênalti de Emerson em Ronaldinho, que estava em posição duvidosa. Os rubro-negros foram à loucura. O time ainda não teve nenhuma penalidade a favor em 34 rodadas. Jailson, curiosamente, não assinalou pênalti nos nove jogos que arbitrou neste Brasileiro. Ao fim do primeiro tempo, a estatística de finalizações refletiu a superioridade do Coritiba: 9 a 0.

Mandantes não permitem reação
No intervalo, Luxemburgo tirou Aírton e colocou Fierro. A primeira finalização dos visitantes na partida aconteceu aos quatro minutos, quando Ronaldinho bateu falta para fora.
Aos dez, Thiago Neves cobrou escanteio, David Braz desviou e Ronaldinho, livre na segunda trave, completou de carrinho para fora. Pouco depois, Rafinha entrou na área e só não fez o terceiro porque Felipe salvou com um tapa.

Soberano em campo, o Coritiba recuou e conteve a tentativa final dos visitantes. Deivid chutou colocado aos 38, mas errou o alvo. O mesmo destino teve boa cobrança de falta de R10 aos 47. No fim, os quase 24 mil torcedores do Coxa que pagaram ingresso celebraram a vitória ao som de "olé".POSTADO POR ARTHUR SILVEIRA.(FONTE: globoesporte.com)

FLUMINENE PERDE PARA AMERICA-MG .

Foi como num desenho animado ou numa história em quadrinhos: o mais fraco foi mais esperto e derrotou o mais forte. Neste sábado, no Engenhão, o rápido Coelho, apelido do América-MG, então último colocado no Campeonato Brasileiro, destruiu o sonho do gigante tricolor, o Fluminense, de assumir a liderança. Conseguiu uma surpreendente vitória por 2 a 1 e manteve as esperanças de escapar do rebaixamento, largando a lanterninha após 21 rodadas seguidas, agora com 31 pontos, dois a mais do que o Avaí.
A derrota jogou um balde de água fria na ascensão do time carioca, o melhor do returno. O Flu se mantém em terceiro, com 56 pontos, dois a menos do que Corinthians e Vasco. E corre o risco de perder posições neste domingo para os rivais Botafogo e Flamengo.
Tudo indicava que haveria festa tricolor no Engenhão, que recebeu um público de 35.194 pagantes (40.232 presentes). Todos os jogadores do Fluminense entraram em campo com a camisa 9 em homenagem a Ézio, ex-atacante tricolor que faleceu esta semana, e Fred foi além e atuou com a inscrição "Super Ézio" às costas no lugar de seu nome. Mas o artilheiro dos anos 90 não inspirou muito os atuais neste sábado.
As duas equipes voltam a campo às 20h30m de quarta-feira. O Tricolor das Laranjeiras pega o Grêmio, novamente no Engenhão, e o América-MG encara o Botafogo, na Arena do Jacará, em Sete Lagoas (MG).
Coelho domina completamente o primeiro tempo, faz um gol e perde muitos outros
Com os dois times precisando da vitória por motivos diferentes, a partida começou com correria, muitos erros de passes e nenhuma chance de gol. O América-MG conseguia ficar mais tempo no ataque, mas era o Flu que entrava mais na área adversária. Porém, em três oportunidades Lanzini falhou e prejudicou o Tricolor.
Na verdade, o jogo estava amarrado no meio do campo, com marcação forte e faltas em excesso. Até os 24 minutos, o time da casa só havia feito aquele que seria o seu único arremate na etapa inicial (contra nove do América-MG), de Jefferson, para fora. Foi a partir deste momento que o Coelho cresceu em campo e passou a dominar o adversário.
Marquinho salvou o time carioca quase em cima da linha após cabeçada de Fábio Júnior, e logo depois Diego Cavalieri pegou no susto uma cobrança de falta de Amaral. No rebote, Fred derrubou William Rocha na área. Pênalti que Fábio Júnior cobrou e o goleiro do Flu defendeu, jogando a bola em sua trave esquerda. A torcida tricolor comemorou como se fosse gol, mas o Coelho continuava no campo adversário.
Kempes comemora gol do América-MG contra o Fluminense (Foto: Ag. Estado)Kempes comemora o primeiro gol do América-MG contra o Fluminense (Foto: Ag. Estado)
Fábio Júnior teve mais duas ótimas oportunidades, mas numa chutou por cima e na outra Cavalieri defendeu com o pé esquerdo. Tenso e desorganizado em campo, o time do Rio cometia muitos erros e não ameaçava o adversário, que explorava bem o lado esquerdo da defesa tricolor, onde Jefferson estreava mal. E o Coelho tanto correu, tanto lutou, insistiu, que abriu o marcador, com Kempes, aos 38, num chute cruzado que Cavalieri deixou passar. O Tricolor tentou reagir, mas nem chegou perto do gol.
No fim da primeira etapa, a torcida do Flu, que lotou o Engenhão, vaiou seu time, mas teve muitos motivos para se sentir aliviada, pois o América-MG poderia ter saído para o intervalo com uma vantagem bem maior.
Flu muda no segundo tempo, mas não melhora muito
Para buscar a reação, o técnico Abel mandou o Tricolor de volta ao gramado com duas substituições: Diguinho entrou no lugar de Valencia, e Araújo, no de Lanzini. E logo no início o Flu conseguiu a sua melhor oportunidade de gol, com Rafael Sobis tentando da linha de fundo surpreender Neneca - mas o goleiro foi esperto e jogou para escanteio. Nos contra-ataques, o Coelho era muito perigoso, e Fábio Júnior teve outra chance, porém jogou na rede pelo lado de fora.
A sucessão de erros tricolores continuava a irritar sua torcida e a fazer o América-MG a retomar o comando do jogo. E foi após um erro na saída de bola do time carioca que a equipe mineira quase chegou ao segundo gol, com Marcos Rocha. Os torcedores do Flu já pediam a entrada de Rafael Moura aos gritos de "He Man, He Man", e Abel resolveu atendê-los, tirando o vaiado Jefferson, aos 20.
Fred com a camisa em homenagem ao Super Ézio (Foto: Agência Photocâmera)Fred faz homenagem a Ézio, ídolo tricolor dos anos 90, falecido na quarta-feira (Foto: Ag. Photocâmera)
O novo "super-herói" tricolor teve logo uma oportunidade, mas chutou em cima da zaga. Nesta altura da partida, a equipe da casa era um pouco melhor, embora continuasse cometendo muitos erros, principalmente no setor de criação, e com espaços em seu sistema defensivo que poderiam permitir ao América-MG contra-ataques perigosos.
No entanto, foi numa troca de passes sensacional que o América-MG chegou ao seu segundo gol, aos 33, com Alessandro, que substituíra Kempes. Silêncio no Engenhão. Logo depois, muitos protestos, mais intensos a cada novo erro tricolor. Porém, em seguida, explosão de esperança, com o gol de Rafael Moura, aos 36.
O Flu passou então a buscar o empate na base do abafa, e Fred teve uma ótima chance, mas Neneca fez excelente defesa. Sem qualquer organização, criatividade e tranquilidade, o time carioca buscou ao menos o segundo gol, mas não conseguiu, para desespero de sua torcida.POSTADO por arthur silveira.

domingo, 13 de novembro de 2011

VASCO VENCE BOTAFOGO POR 2 A 0.

O Vasco entrou em campo mais uma vez turbinado pela visita do técnico Ricardo Gomes. E de novo surtiu efeito. O time foi superior no clássico deste domingo e venceu por 2 a 0 o Botafogo, no Engenhão, empatando em número de pontos com o líder Corinthians na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. Ambos somam 61, mas os cariocas levam a pior no número de vitórias: 17 contra 18. Fellipe Bastos e Dedé - mais uma vez - marcaram os gols da partida, um em cada tempo, que ainda teve um pênalti perdido por Diego Souza.
A segunda derrota seguida - e a quarta nas últimas cinco rodadas - fez o Botafogo estacionar nos 55 pontos e cair para a quinta posição. Foi o primeiro revés alvinegro e o primeiro triunfo cruz-maltino em um clássico neste nacional. As duas equipes voltam a campo na próxima quarta-feira. O Botafogo vai até Sete Lagoas para encarar o América-MG, às 20h30m (de Brasília). Logo depois, às 21h50m, o Vasco enfrenta o Palmeiras, no Pacaembu.
Esta foi a terceira vez que Ricardo Gomes entrou em contato com o elenco desde que se recuperou do AVC (acidente vascular recebral) sofrido em agosto. Já havia dado um telefonema antes da vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-MG e visitado a concentração antes da goleada por 5 a 2 sobre o Universitario-PER, assim como fez no sábado.
O interino Cristóvão Borges surpreendeu na escalação, deixando Juninho Pernambucano, Elton e Alecsandro na reserva. Recheou o meio-campo com volantes - Rômulo, Allan e Fellipe Bastos - e deixou Diego Souza e Eder Luis formando um ataque rápido. Foi a fórmula que deu certo na vitória sobre o Bahia, fora de casa, três rodadas atrás. No outro lado, Caio Júnior contou com todos os seus titulares, incluindo Loco Abreu, de volta da seleção uruguaia, e Elkeson, recuperado de uma tendinite no joelho direito.
Contra-ataque, gol e pênalti perdido
Os primeiros minutos da partida deram a impressão de que a opção vascaína havia sido equivocada. Com calma e passes rápidos, o Botafogo começou sufocando e teve duas boas chances para abrir o placar com Herrera e Elkeson antes mesmo dos dez minutos.
Aos poucos, no entanto, o Vasco encaixou a marcação e começou a levar muito perigo nos contra-ataques. Logo no primeiro deles, Fellipe Bastos balançou a rede alvinegra. Allan deu ótimo passe na direita para Eder Luis, que tinha Diego Souza e Rômulo como opções no meio da área. O passe saiu errado, mas encontrou Bastos na corrida. O chute saiu seco e rasteiro. Diego Souza, em impedimento, pulou sobre a bola na frente de Jefferson, mas o bandeirinha validou o lance.
dede vasco gol botafogo (Foto: André Portugal / Fotocom.net)Dedé corre para comemorar com os reservas o seu gol no Engenhão (Foto: André Portugal / Fotocom.net)
O gol abateu o Botafogo. À beira do campo, Caio Júnior tentava orientar seus jogadores em vão. Em outra bobeada, novo contra-ataque e quase o segundo gol do Vasco. Após tabelinha com Fágner, Diego Souza, livre na marca o pênalti, chutou por cima do gol. Errando muitos passes e insistindo nas jogadas aéreas para Loco Abreu, o Alvinegro esbarrava em mais uma atuação segura de Dedé e quase não assustava Fernando Prass.
Marcando a saída de bola do adversário, o Vasco dominava as ações da partida sem dificuldade. E teve outra ótima chance de ampliar antes do intervalo, em um momento de trapalhada da defesa do Botafogo. Diego Souza recebeu a bola em profundidade, mas perdeu na corrida para Antônio Carlos. O zagueiro, no entanto, deu um leve toque na bola e enganou Jefferson, que derrubou o apoiador vascaíno. Pênalti. Diego pegou a bola e repetiu o estilo da cobrança bem executada diante do Universitário-PER, pela Copa Sul-Americana, com corrida lenta e olhando para o goleiro. Ele só não esperava que Jefferson tivesse visto o lance pela TV. Resultado: chute fraco, defesa tranquila e jogo aberto.

Dedé, sempre ele, resolve outra vez
O segundo tempo começou como se ainda fosse o primeiro: Botafogo perdido e Vasco soberano. Não demorou muito para que a vantagem fosse ampliada. Eder Luis já havia perdido outra boa chance quando Dedé voltou a brilhar no ataque. Jefferson acabara de realizar um milagre em uma finalização de canela do zagueiro Renato Silva, quando o ídolo da torcida vascaína roubou a bola, driblou Elkeson e tocou para Rômulo. O volante abriu para Fellipe Bastos na esquerda, e o cruzamento encontrou a cabeça de Dedé, que aproveitou o erro de marcação de Cortês para colocar 2 a 0 no placar. Foi o terceiro gol na semana do zagueiro-artilheiro, que marcou dois sobre o Universitario-PER.
Quando tinha a bola, o Botafogo não sabia o que fazer com ela. A falta de objetividade alvinegra levava o goleiro Fernando Prass a ser um mero espectador. Com a chuva forte que caía sobre o Engenhão àquela altura, só restava ao Vasco esperar o tempo passar. O volante Rômulo ainda deu mais emoção à vitória ao ser expulso aos 31 minutos da etapa final, por supostamente xingar o juiz Antônio Carvalho Schneider.
Nem mesmo a vantagem numérica foi suficiente para o Botafogo assustar. Com calma, o Vasco seguiu com a posse de bola e esperou apenas o apito final. De sua casa, Ricardo Gomes provavelmente sorriu. Trabalho bem feito mais uma vez. POSTADO POR ARTHUR SILVEIRA.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

VASCÃO TEM MAS UMA VIRADA ESPETACULAR DENTRO DO CALDEIRÃO,VENCE POR 5 A 2.

Sob o comando do zagueiro Dedé, o Vasco se recuperou da derrota de 2 a 0 no jogo de ida, virou a partida desta quarta-feira, em São Januário, e com a goleada de 5 a 2 sobre o Universitario-PER obteve a classificação para a semifinal da Copa Sul-Americana. Dedé, que teve a infelicidade de ver a bola do segundo gol do time peruano desviar em sua perna direita, no início do segundo tempo, fez depois dois gols e deu o passe para o quinto, o de Alecsandro. Os outros foram marcados por Diego Souza e Elton, com Ruidíaz e Rabanal fazendo os da equipe peruana.
O adversário do Vasco na luta por uma vaga na final a princípio será o vencedor do confronto entre Universidad de Chile e Arsenal de Sarandí-ARG. Mas se o time argentino se classificar e também o Vélez Sarsfield-ARG, que pega o Santa Fé-COL, as duas equipes do mesmo país terão de se enfrentar. Neste caso, o rival será LDU-EQU ou Libertad-PAR.
O começo do jogo mostrou o Vasco com a intenção de abrir logo o marcador, mas a equipe confundiu velocidade com pressa e os erros de passes facilitavam o sistema defensivo do Universitario. O gramado, com falhas, molhado antes da partida e "remendado" com areia, dificultava um pouco a ação do time que mais precisava criar, ou seja, o da casa.
Desde o início, os jogadores das duas equipes demonstraram nervosismo e, com entradas duras e reclamações excessivas, em nove minutos o árbitro mostrou o cartão amarelo quatro vezes: duas para cada time: Nilton e Dedé, pelo Vasco, e Llontop e Flores, pelo Universitario.
Dedé gol Vasco (Foto: Ag. Estado)Dedé comemora um dos seus gols na vitória de 5 a 2 sobre o Universitario (Foto: Ag. Estado)
Na base da pressão, o Vasco conseguiu pôr uma bola na trave, em toque de Elton após cruzamento da direita de Fagner, aos 9. Três minutos depois, o técnico Del Solar teve de substituir o zagueiro Galliquio, machucado, por Duarte. A postura do time peruano era a esperada: fechada, aguardando o momento de dar o bote num vacilo vascaíno. Mas o time carioca não saía do ataque e com boas jogadas pela direita, armadas ora por Fagner, ora por Eder Luis, criou outra boa chance com Elton e o lance do pênalti em Juninho, que Diego Souza converteu aos 23.
Até os 32, os peruanos não haviam organizado um contra-ataque sequer, mas no primeiro que deu certo, chegaram ao gol de empate, com um belo toque de Ruidíaz que Prass não conseguiu defender. O gol desnorteou os vascaínos, que passaram a errar muito e a criar quase nada no ataque. Quando conseguia penetrar na defesa adversária, errava no último passe. Antes do fim da primeira etapa,que terminou em confusão entre os jogadores, a melhor chance surgiu em chute de Fagner de fora da área que Llontop defendeu bem.
Antes de começar o segundo tempo, expulsões. Depois, Dedé dá show
elton vasco x universitario peru sul-americana (Foto: André Portugal/FOTOCOM.NET )Elton mata a bola com estilo. González  voa em vão
(Foto: André Portugal/FOTOCOM.NET )
Ao voltarem a campo, os times foram informados que ficariam com um jogador a menos, pois González e Diego Souza foram expulsos devido ao tumulto no fim da etapa inicial. Mal a bola rolou houve outro entrevero, entre Diego Rosa e Mendoza e dois gols. O Universitario virou o jogo com Rabanal em chute que desviou em Dedé, aos 2. Mas um minuto depois Elton, de cabeça, empatou de novo a partida.
Precisando vencer por três gols de diferença, o Vasco se lançou ao ataque e numa tentativa de cruzamento da direita, o zagueiro Dedé deu muita sorte, Llontop engoliu um daqueles frangos antológicos e o time cruz-maltino voltou à frente no marcador: 3 a 2. Logo depois, aos 16, Rabanal agrediu Fagner e também recebeu o cartão vermelho, deixando o Universitario com nove jogadores em campo.
A partir daí, o jogo se transformou num ataque contra defesa. Uma defesa muito violenta, é bom que se ressalte. Porém, o time de São Januário se mostrou valente e foi criando chances de marcar. E o quarto gol chegou aos 27, novamente com Dedé, desta vez de cabeça. O time peruano ficou bastante acuado, mas conseguiu uma solitária oportunidade numa arrancada impressionante de Morel, que Renato Silva e Prass impediram que terminasse com a bola na rede.No entanto, quem mandava e desmandava em campo era o Vasco, que mais na base da raça do que na técnica buscava o gol da classificação. E ele veio, mais uma vez com grande participação de Dedé, que deu o passe de cabeça para Alecsandro desviar a bola de Llontop, aos 37. A festa da torcida vascaína ficou completa, e a equipe ainda teve outras chances para aumentar a vantagem. Mas não foi preciso, o Vasco conseguiu o que precisava. Após o apito final, houve mais confusão, mas desta vez entre jogadores do Universitario e policiais, que entraram em campo.POSTADO POR ARTHUR SILVEIRA (FONTE globoesporte.com)

domingo, 6 de novembro de 2011

VASCO PERDE PARA SANTOS POR 2 A 0.

Três pontos para o Santos. Que serviram para o Corinthians. Sem dar muitas chances para o Vasco, o Peixe venceu a equipe carioca por 2 a 0, neste domingo, na Vila Belmiro, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, e acabou ajudando o seu maior rival. O time da Colina, com um simples empate, poderia ter retomado a liderança, já que o Corinthians perdeu para o lanterna América-MG em Uberlândia. Com os dois tropeços, Timão e Vasco permanecem com 58, mas a equipe do Parque São Jorge lidera, pelo número de vitórias.Já o Alvinegro Praiano vai a 48 pontos, em nono lugar.
Neymar e Borges marcaram os gols santistas. O artilheiro do Brasileirão, aliás, chegou a 23 tentos e quebrou um recorde que durava 28 anos. Ele ultrapassou Serginho Chulapa e se tornou o jogador do Peixe com mais gols em uma edição de Brasileiro.
O próximo compromisso do Santos é contra o Ceará, domingo, no Presidente Vargas, enquanto o Vasco tem pela frente o Botafogo, na mesma data, no Engenhão.
Neymar gol Santos (Foto: Ag. Estado)Neymar abre o placar e comemora fazendo pose de marrento  (Foto: Ag. Estado)
Neymar garante vantagem
O Santos entrou com fome. O clima era favorável ao time alvinegro: estádio lotado, torcida motivada pelo retorno de Paulo Henrique Ganso, após 63 dias afastado por lesão, e, principalmente, pela presença de Neymar, que disputou seu primeiro jogo depois de ser indicado à Bola de Ouro da Fifa. Logo aos 3 minutos de jogo, o astro, numa cobrança de falta, abriu o placar, contando com a colaboração de Renato Silva, que desviou e tirou a bola do alcance de Fernando Prass. A intervenção de Renato foi tão sutil, que a arbitragem deu gol para o jogador do Peixe. É o 97º gol de Neymar, que está a três do 100º.

O Peixe seguia em cima, sufocando o Vasco, criando chances, mais na base do abafa do que em jogadas organizadas. Aos poucos, porém, a equipe carioca foi equilibrando as ações. Acertou a marcação no meio de campo, vigiando bem Neymar. Os santistas tentavam entrar tocando, mas paravam na zaga e também no péssimo estado do gramado da Vila, que já foi referência, mas atualmente está bastante castigado.

A equipe da Colina ameaçou pela primeira vez aos 12 minutos, quando Juninho cobrou escanteio da direita e Elton apareceu livre no primeiro pau para escorar. Rafael, no reflexo, espalmou. O Vasco percebeu que o caminho era pelo alto. Passou a cruzar bolas na área do Santos, sempre com perigo. Aos 23, numa dessas jogadas, Diego Souza subiu mais alto que Danilo e escorou bem, estufando as redes. O juiz André Luiz Castro, porém, invalidou o lance, considerando que o vascaíno fez carga no santista, mas o lance, aparentemente, foi normal. O camisa 10 carioca ficou inconformado.Com o passar do tempo, o ímpeto dos dois times foi diminuindo e o jogo se tornou apenas morno: o Vasco tentava ir para cima, mas não conseguia concluir as jogadas. O Santos buscava os contra-ataques, mas errava o último passe. O estádio só voltou a explodir aos 37 minutos. As duas torcidas vibraram com o gol do América-MG sobre o Corinthians, em Sete Lagoas. Os santistas festejaram pela rivalidade. Os vascaínos, porque seu time luta pela liderança do Brasileirão com a equipe do Parque São Jorge.

Peixe se garante no contra-ataque O Vasco voltou para o segundo tempo aceso e partiu para a pressão. Logo aos dois minutos, o ímpeto carioca provocou um lance polêmico: Fagner apareceu livre pela lateral direita e cruzou. A bola bateu na mão de Durval. O árbitro considerou o toque do santista acidental, para desespero dos vascaínos, que reclamaram muito o que consideraram pênalti não marcado.

A estratégia do Santos era clara: atrair o adversário e surpreender nos contra-ataques. E houve chances para isso. Aos 8, a equipe da casa perdeu uma chance incrível: Ganso lançou Neymar, que partiu livre em direção ao gol. Quando chegou de frente para Fernando Prass, rolou para Borges. O artilheiro tentou o toque de primeira. O goleiro estava batido, mas Fagner apareceu para salvar o que seria o segundo gol santista.
Neymar, liso como sempre, era o responsável pelas principais investidas do Peixe, que parecia que mataria o jogo em contra-golpes a qualquer momento. Aos 13, ele recebeu pela esquerda, livrou-se de dois marcadores e inverteu para Danilo, que descia livre pela direita. O ala acertou uma bomba. Fernando Prass espalmou. O Vasco parecia entregue e o Santos perdia chances. Aos 17, Neymar entortou Renato Silva, abriu espaço e rolou para Ganso, que emendou de direita e errou o alvo.
O técnico Cristóvão Borges mexia no time tentando aumentar o poder de fogo. Elton, Eder Luis e Julinho foram substituídos, respectivamente, por Bernardo, Leandro e Diego Rosa. Pouco adiantou. Além de não conseguir criar, o Vasco deixava espaços perigosos para o Santos criar jogadas. Aos 29, Adriano roubou a bola no meio de campo e deu para Neymar, que avançou e abriu para Borges. O artilheiro, que andava apagado, acertou um tiro forte, certeiro, de pé direito, no ângulo esquerdo alto de Prass.
O gol de Borges é histórico. Foi o seu 23º gol no Brasileirão. Ele quebra o recorde de Serginho Chulapa, de 1983, e se torna o santista com mais gols em uma edição de Brasileiro.  Na comemoração, o goleador homenageou os seus filhos gêmeos, Matheus e Gabriel, que nasceram semana retrasada.
O Vasco se entregou, abatido. O Peixe passou a trocar passes, esperando o tempo passar. Para os santistas, a partida foi encarada como um primeiro ensaio para o Mundial de Clubes. Por enquanto, tudo saiu de acordo com o script. Para os vascaínos, fica o gosto amargo de deixar a chance de ser líder isolado escapar.
  POSTADO POR ARTHUR SILVEIRA (FONTE GLOBOESPORTE.COM)

FLUZÃO VENCE INTERNACIONAL POR 2 A 1.

O Fluminense gostou de comemorar o título nacional em 2010 e quer repetir a festa em 2011. No início da noite deste domingo, a equipe treinada por Abel Braga calou os aproximadamente 38 mil colorados presentes no Estádio Beira-Rio, vencendo por 2 a 1, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Rafael Moura e Rafael Sobis marcaram os gols do Flu, ambos em assistências de Deco. Oscar descontou para o time da casa. Com a vitória o Flu sobe para 56 pontos, apenas dois abaixo dos líderes Corinthians e Vasco, na terceira colocação. O Inter volta ao 7º lugar, com 51, a quatro pontos do G-5.
Na 34ª rodada o Fluminense enfrenta o América-MG às 19h do próximo sábado, no Engenhão. Já o Inter visita o Cruzeiro às 19h de domingo, na Arena do Jacaré.
Rafael Sobis Rafael Moura gol Fluminense (Foto: Photocâmera)Rafael Moura vibra, mas Sobis não comemora gol em respeito ao clube onde cresceu (Foto: Photocâmera)
Sina colorada
Assim que o Fluminense entrou em campo, as atenções voltaram-se aos jogadores Edinho e Rafael Sobis, ovacionados, e ao técnico Abel Braga, que também teve o nome gritado. Ele reverenciou a torcida, contemplou a bandeira em sua homenagem - "Louco Abel", está escrito - e fez questão de cumprimentar todos os profissionais do Inter no banco de reservas.
O mesmo fez Sobis, que cantou todo o Hino Rio-Grandense junto com 38 mil vozes coloradas - o segundo maior público do ano no Beira-Rio. Um ambiente emocionante justificado pela história vitoriosa do trio do Fluminense pelo Inter. Mas o início da partida deu fim às amenidades. Em seu primeiro toque na bola, Sobis foi vaiado. Era hora de torcer pelo Inter.
Empolgados pelo caldeirão formado nas arquibancadas, os jogadores do Inter entraram no ritmo e foram ao ataque. Bolatti e Oscar concluíram bons lances, porém desperdiçados. No primeiro contra-ataque, entretanto, o Fluminense lançou água fria sobre a ebulição colorada: Sobis guerreou até recuperar a bola, Deco utilizou-se de um passe de mágica para cruzar, e deixou Rafael Moura às costas de Muriel. Sem goleiro, aos 17 minutos, He-Man fez 1 a 0.
Mas a fervura não baixou, a pressão não se estancou, e o Inter persistiu. As principais jogadas partiam da esquerda, com Kleber forçando Sobis a marcá-lo, e Mariano em frequente desvantagem contra Oscar. E foi o meia colorado quem igualou tudo. Aos 36,  Leandro Damião aproveitou-se de erro de Leandro Euzébio, foi à linha de fundo e cruzou. Do outro lado da área, Oscar bateu com a costumeira categoria, e fez 1 a 1.
Havia, ainda, uma espécie de sina a se confirmar. Quase sempre que algum ídolo colorado retorna ao Beira-Rio vestindo camisa alheia, marca. Foi assim com Fernandão pelo São Paulo, Iarley no Ceará ou Alex com o Corinthians. E com tantos grandes nomes da história do clube em campo, o risco era alto. Foi o que aconteceu. Nos acréscimos, Sobis recebeu lançamento genial de Deco e recolocou o Flu à frente. Colorado desde a infância, não comemorou o 2 a 1.
Maestro Tricolor
Deco voltou do intervalo ainda mais inspirado. Se no primeiro tempo foi o autor das assistências para os dois gols, posicionando-se com inteligência às costas dos volantes colorados, na etapa final ele evitou que os cariocas recuassem.
Errando um passe pela primeira vez após quase uma hora de jogo, ele esfriou o ímpeto dos anfitriões fazendo o Fluminense controlar a posse no campo do Inter. Ao invés de recuar, Abel Braga avançou a equipe, e contou com seu capitão para reger a estratégia.
Dorival Júnior tentou encontrar alternativas, levando ao campo Ilsinho, Zé Roberto e Tinga. Abel Braga respondeu, dando descanso ao maestro Deco e fortalecendo a marcação com Diguinho - Araújo entrara pouco antes para puxar os contra-ataques.
No fim, o zagueiro Juan foi expulso por reclamação. Com um jogador a mais, bem posicionado e obstinado em assegurar a vitória, o Fluminense soube fazer do 2 a 1 construído no primeiro tempo o placar definitivo, encostando nos líderes.POSTADO POR ARTHUR SILVEIRA (FONTE globoesporte.com)

FLAMENGO GOLEIA CRUZEIRO POR 5 A 1.

Um Engenhão vermelho, preto e feliz. Feliz e confiante. O Flamengo teve uma tarde de domingo como há muito não se via. De bom futebol, de gols de sobra, de talento. Um domingo de Thiago Neves, autor de três gols, de Deivid, que fez dois, de Muralha, que, pouco a pouco, se consolida como uma grata revelação do Rubro-Negro. Um domingo de goleada empolgante, de volta ao G-5 e de sonho ainda muito vivo pelo título Brasileiro. Soberano, o time de Vanderlei Luxemburgo goleou o Cruzeiro por 5 a 1, de virada, pela 33ª rodada. O gol de Anselmo Ramon, no primeiro tempo, acabou sendo apenas um susto. Com o resultado, o time chega a 55 pontos e assume a quinta posição, três pontos atrás do líder Corinthians. Durante quase todo o segundo tempo, a torcida, 34.496 eufóricos pagantes, festejou aos gritos de “o campeão voltou”.
Do lado celeste, drama. Daqueles que fazem doer lá no fundo da alma. O esforço dos jogadores foi inútil. Mesmo quando esteve em vantagem não conseguiu ser melhor. Faltou sorte no gol de empate do Fla, quando a bola explodiu no travessão, tocou no goleiro Fábio e entrou. Faltou competência ao zagueiro Victorino, que perdeu um pênalti quando o placar apontava 1 a 0 para a Raposa. Faltou Montillo, a única andorinha que faz verão de um time desencontrado. O argentino sentiu a coxa esquerda logo no início do segundo tempo. Com 34 pontos, o Cruzeiro está na zona de rebaixamento, em 17º lugar.
Na próxima rodada, o Flamengo enfrenta o Coritiba no domingo, no Couto Pereira, em Curitiba, às 17h. Às 19h, o Cruzeiro recebe o Inter na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
Travessão ‘defende’ e ‘ataca’ pelo Fla
No vestiário do Flamengo, pouco antes de o jogo começar, caiu no colo do goleiro Paulo Victor uma bomba em forma de oportunidade. Na revisão feita pelo médico José Luiz Runco, Felipe, titular da posição, informou que fizera uso de um analgésico proibido sem consultar o clube. Vanderlei Luxemburgo teve de vetá-lo, já que havia o risco de ser pego no exame antidoping, caso fosse sorteado. O treinador mostrou-se profundamente irritado e chamou o camisa 1 de irresponsável.
O Rubro-Negro e o Cruzeiro entraram em campo pressionados para uma decisão. Os cariocas de olho no G-5 e no título, e os mineiros em apuros na cercanias da zona de rebaixamento. Foi um Flamengo empolgado, empurrado pela torcida, mas com dificuldades na articulação de jogadas. A saída de bola com Maldonado e Airton ficou comprometida, lenta, já que Thomás, Thiago Neves, Ronaldinho e Deivid estavam muito avançados. O jeito foi chutar. Uma, duas, três, muitas vezes. Thiago Neves tentou quatro arremates de fora da área antes dos 15 minutos. Thomás também arriscou. Diego Renan fez o mesmo pelo Cruzeiro.
Ronaldinho Flamengo x Cruzeiro (Foto: André Portugal / VIPCOMM)Ronaldinho tenta se livrar da marcação durante o primeiro tempo (Foto: André Portugal / VIPCOMM)
O torcedor do Flamengo não esqueceu o que Montillo fez na Libertadores do ano passado, ainda pelo Universidad de Chile. O argentino foi vaiado desde o primeiro minuto, marcado, mas não se intimidou. Como sempre, conduziu a equipe celeste com arrancadas e bons passes. Na bola parada, criou o gol da Raposa, aos 22. Em cobrança de escanteio, achou Farías, que escorou para Anselmo Ramon completar. Sem marcação, o atacante completou de pé direito: 1 a 0. O segundo não saiu quatro minutos depois por pouco. Farías acertou o travessão, e Paulo Victor ficou com o rebote.
Em desvantagem, o Flamengo mostrou-se perdido por alguns minutos. Montillo aproveitou. Aos 28, em nova arrancada, o camisa 10 invadiu a área e foi derrubado por Alex Silva, de forma grotesca. O árbitro marcou pênalti. Depois de perder quatro cobranças na temporada, o gringo deu um tempo e deixou de ser o batedor oficial. O zagueiro uruguaio Victorino assumiu a responsabilidade e falhou. No chute forte, parou no travessão de PV.
Inflamada, a torcida rubro-negra fez a equipe de Luxa correr mais, se doar muito mais. O travessão que ajudou a defender, também ajudou a atacar. Em bonito chute de Deivid de fora da área, a bola explodiu na barra, bateu no goleiro Fábio e entrou mansa, aos 35. Décimo quarto gol do camisa 9 no Brasileirão, o melhor do Flamengo na primeira etapa: 1 a 1. O empate deu gás, e o time criou uma sequência de boas chances. Na melhor delas, Thiago Neves, mais uma vez, buscou o ângulo em chute de fora da área, mas Fábio fez grande defesa. Faltou tempo para a virada.
Endiabrado, Fla aniquila o Cruzeiro
Havia dois times em campo, mas só um jogou. Foram 12 minutos endiabrados do Flamengo no início do segundo tempo. Irretocáveis. Se algum rubro-negro demorou um pouco mais no banheiro no intervalo, perdeu o segundo gol. Aos três minutos, Ronaldinho cobrou escanteio na segunda trave, e Deivid completou de cabeça: 2 a 1. Desta vez, a torcida que tanto critica o camisa 9, aplaudiu. Ele mereceu. Deivid correu demais, armou, brigou pela bola e fez o que se espera dele. Com 15 gols, é o artilheiro do time no Brasileirão.
Thiago Neves Flamengo x Cruzeiro (Foto: André Portugal / VIPCOMM)Thiago Neves comemora um dos gols do Flamengo  (Foto: André Portugal / VIPCOMM)
O Cruzeiro sentiu o golpe. E doeu. Doeu também a coxa esquerda da Montillo, substituído aos seis minutos. Roger entrou e viu Muralha, que substituíra Maldonado no intervalo, e Thiago Neves brilharem. Com duas assistências do volante, o camisa 7 fez o terceiro e o quarto: 4 a 1 com direito a gritos de “olé” e de “o campeão voltou”. Enquanto R10 e Thiago dançavam na bandeirinha de escanteio, Thomás e Muralha, a nova geração rubro-negra, festejavam abraçados e aos pulos do outro lado do gramado. E antes do segundo gol de Thiago, Ronaldinho quis fazer graça e perdeu a chance de fazer o dele: livre na grande área, olhou para o lado na hora de finalizar e mandou para fora.
Vagner Mancini fez as duas alterações que lhe restavam para tentar diminuir o tamanho do estrago. Tirou Charles e colocou Elber. No lugar de Farías, lançou Wellington Paulista. Em vão. O Rubro-Negro continuava soberano, agressivo, com gana. Aos 24, Thiago Neves abusou da categoria. Em bola recuada, Fábio chutou em cima do camisa 7. Com calma e talento, Thiago encobriu o goleiro com um toque lindo. Golaço e Engenhão aos pulos: 5 a 1.
Completamente entregue, o Cruzeiro não teve qualquer chance de reação. Para completar, Anselmo Ramon ainda foi expulso de campo, após acertar o pé na cabeça de Fierro. Com um a menos, o jeito foi esperar, ao som dos gritos de olé, a agonia passar e tentar entender como um time que encantou na maior parte do primeiro semestre vive uma fase tão ruim.POSTADO POR ARTHUR SILVEIRA (FONTE globoesporte.com)

BOTAFOGO TROPEÇA DENTRO DE CASA.

O Botafogo, dono da casa, defendia invencibilidade de 14 partidas no Engenhão neste Campeonato Brasileiro. O Figueirense pisava em campo como um visitante indesejado: nos últimos oito jogos fora, vencera cinco e empatara três. No interessante duelo alvinegro, neste sábado, de poucos espaços e muita luta, o sonho botafoguense de alcançar a liderança, ainda que provisória, esbarrou na intenção dos catarinenses em brigar por vaga para a Libertadores e, por que não, voltar a sonhar com título, apesar de remotíssimas chances matemáticas. E o Figueira levou a melhor por 1 a 0.
Com um gol de Júlio César, logo aos cinco minutos, o time catarinense saiu com uma vitória que o deixa com 53 pontos ganhos e provisoriamente na quinta colocação, o sonhado G-5.  O Botafogo, que perdeu a invencibilidade no Engenhão e viu o técnico Caio Jr. ser hostilizado pela torcida, se mantém com 55, na terceira posição. Mas, no domingo, terá de torcer para Corinthians e Vasco não dispararem na tabela e não ser alcançado pelo Fluminense para se manter próximo na briga pelo título.
Na próxima rodada, os cariocas farão clássico importante com o Vasco, domingo, no Engenhão. O Figueira, invicto há 12 partidas, receberá o Atlético-MG, no sábado.
Julio Cesar comemora gol do Figueirense sobre o Botafogo (Foto: Bruno Gonzalez/Agência O Globo)Júlio César marca 10º gol no Brasileiro e dá vitória ao Figueirense (Foto: Bruno Gonzalez/Agência O Globo)
Gol rápido do Figueira
A torcida do Botafogo compareceu bem. Foram mais de 25 mil presentes ao Engenhão. O jogo começou frenético. Com Lucas na lateral direita, Léo como volante e Renato adiantado no meio-campo - Herrera acabou sacado -, a intenção de Caio Jr. era fazer o Botafogo avançar sem perder o bom poder de marcação.  Era grande a cautela, principalmente com os avanços do lateral-esquerdo Juninho. O técnico, no entanto, viu sua intenção de aumentar a força defensiva acabar em cinco minutos. E foi pelo outro lado que saiu a jogada. Pela direita, o Figueirense mostrou - e bem - o seu cartão de visitas. Wellington Nem tocou para Júlio César, que soltou a bomba de longe, com a canhota. A bola ainda resvalou em Fábio Ferreira e surpreendeu Jefferson, encoberto: 1 a 0 Figueira.
O camisa 99 não só jogou uma ducha na torcida alvinegra como deu outro susto, pouco depois, pela esquerda. Dessa vez, Jefferson conseguiu defender. E aí foi a vez de o Botafogo apertar. A marcação da defesa adiantou, a torcida começou a empurrar, e o time saiu um pouco do sufoco inicial. Tanto que Loco Abreu, após falha de Roger, teve duas chances seguidas para empatar o jogo. Na primeira, Wilson fez grande defesa. Na outra, a bola resvalou em Roger, que se redimiu.
Poucos espaços
A essa altura, o Figueirense já dava campo para voltar a surpreender nos contra-ataques. O Botafogo procurava, principalmente pela esquerda, com Maicosuel, criar logo uma boa chance. O meio-campo do Figueira, no entanto, encurtava os espaços. A solução da equipe carioca passou a ser a bola aérea. Em uma, Antônio Carlos cabeceou rente à trave.
Se Elkeson, Maicosuel e Renato tinham dificuldades de deixar um isolado Loco Abreu de cara para o gol - Cortês pouco subia para ajudar -, o Figueirense arrumava sempre um espaço na defesa alvinegra para perturbar. E desperdiçou uma chance de ouro. Juninho avançou para o meio e tabelou com Júlio César, que livre, no meio da zaga, arrancou, driblou Jefferson e mandou para fora.
Wellington Nem também começava a encaixar bem o contra-ataque catarinense. A torcida do Botafogo, já impaciente, vaiava o time. Maicosuel e Elkeson alternavam de lado. Renato não superava pelo meio o bom bloqueio do Figueira, que desarmava bem. Bolas paradas e centros para a área também não adiantaram. No fim do primeiro tempo, gritos de burro para Caio Jr. mostraram a insatisfação da torcida.
Herrera em campo
Caio Jr. mudou de ideia e atendeu aos apelos da torcida: Herrera entrou para fazer companhia a Loco Abreu no ataque. No lugar de Léo, aquele mesmo escalado para aumentar a marcação no meio-campo. No Figueirense, Bruno Vieira, que havia feito um bom primeiro tempo, saiu, machucado, para a entrada de Pablo.
Com o atacante argentino aberto pela direita, Elkeson passou a circular mais. Mas não estava inspirado. A torcida voltou a apoiar o Botafogo, que ainda tinha dificuldade em encontrar espaços. Até a altura dos 20 minutos, o lance que mais provocou frisson foi uma jogada pela direita, em que o coro da arquibancada pediu pênalti de Édson Silva em Lucas - foi logo no começo, aos quatro. O árbitro Héber Roberto Lopes mandou o jogo seguir. E o Figueirense, sempre perigoso nos contra-ataques, perdeu uma chance de ampliar o placar aos 19, quando Wellington Nem recebeu de Coutinho e bateu rasteiro. Jefferson salvou.
Vaias e gols perdidos
A torcida do Botafogo começou a desanimar. Elkeson e Maicosuel caíam de rendimento. O primeiro isolava as cobranças de falta. O segundo errava muitos passes. Caio Jr. trocou Elkeson por Everton. E ganhou mais vaias. No Figueira, Jonatas já havia substituído Túlio. E Coutinho, machucado, também saiu para a entrada de João Paulo.
Debaixo de gritos ofensivos a Caio Jr., Lucas quase empatou aos 34. Pouco depois, o lateral iniciou outra boa jogada. Centrou na cabeça de Loco Abreu, que serviu Everton. O camisa 10 perdeu a maior chance para o Botafogo. No fim, o time, já sem pernas, via Lucas cair ao esbarrar com a bandeirinha de escanteio e ouvia a torcida voltar com os gritos de burro ao técnico Caio Jr. "O Botafogo não precisa de você", vociferava, após um palavrão, para o treinador. O Figueira, comandado por Elias no meio-campo, só tocava a bola para o tempo passar. Ainda levou um susto com Loco Abreu, de cabeça, aos 45. Mas a bola foi para fora. E a missão acabou sendo cumprida.postado por arthur silveira (FONTE GLOBOESPORTE.COM)