quinta-feira, 12 de julho de 2012

Deco assina novo contrato com o Fluminense até dezembro de 2013

Apoiador confirmou o compromisso no Salão Nobre com presença da alta cúpula de futebol do Tricolor. Samuel, Gum e Valencia também renovam

 
O maestro renovou.  Deco assinou nesta quinta-feira o seu novo contrato com o Tricolor válido até dezembro de 2013 - e com opção de prorrogação por mais um ano. Logo depois, o camisa 20 concedeu uma entrevista coletiva no Salão Nobre das Laranjeiras para comentar sua permanência no clube e foi acompanhado de perto pelo presidente Peter Siemsen, pelo vice-presidente de futebol Sandro Lima e pelo diretor executivo de futebol Rodrigo Caetano. O presidente da Unimed, Celso Barros, também foi convidado, mas não conseguiu comparecer. A diretoria anunciou ainda as renovações do zagueiro Gum, do volante Valencia e do atacante Samuel até o fim de 2014.
- É a valorização de quem está cumprindo seus objetivos e trazendo não apenas títulos, mas também uma imagem positiva ao Fluminense. Para o torcedor e para nós essa permanência do Deco representa uma contratação. O mais importante nessa janela de transferências internacionais é conseguir manter o elenco. E nós estamos conseguindo isso - resumiu o presidente Peter Siemsen.
Deco fez questão de ressaltar o bom ambiente que o fez querer permanecer nas Laranjeiras. Sobre a possibilidade de jogar por mais duas temporadas, o apoiador foi direto e disse que ainda é cedo para pensar nisso.
- Eu sempre disse que a relação com os clubes se fortalecem ao longo do tempo. Tive a sorte de criar vínculos importantes. Essa ligação com o Fluminense, que abriu as portas pra mim, tem crescido a cada dia. As coisas correram bem e além de eu estar feliz sinto que as pessoas também estão. Enquanto essa relação durar, o carinho e a paixão que tenho pelo clube será um motivo de orgulho. Estou muito feliz de prorrogar meu contrato. Sobre o futuro ainda vamos conversar. Meu foco agora é jogar futebol. O importante é que sempre estarei ligado ao Fluminense pelo carinho. Quando parar, serei mais um tricolor na torcida. A relação, mesmo que apenas pessoal, será duradoura - disse o apoiador tricolor.
Contratado em agosto de 2010, Deco já vestiu a camisa do Fluminense em 65 partidas e marcou sete gols (cinco apenas na atual temporada). Livre da lesões que o perseguiram até o meio do ano passado, o camisa 20 vem sendo um dos destaques da equipe no atual Campeonato Brasileiro, mas recebeu o terceiro cartão amarelo no último Fla-Flu e está fora do clássico do próximo domingo contra o Botafogo, às 16h (de Brasília), no Engenhão.
Com 18 pontos em oito jogos e vindo de quatro vitórias seguidas no Campeonato Brasileiro, o Fluminense ocupa a vice-liderança da competição nacional atrás apenas do Atlético-MG.


 

Oswaldo elogia 'artilheiro' Elkeson: 'Tem timbre de atacante'


Autor de três gols nos últimos dois jogos, jogador mostra faro de matador. Técnico convoca torcida para andar ao lado da equipe

Escalado novamente como uma espécie de centroavante, Elkeson correspondeu à altura. Depois de fazer um golaço na vitória sobre o Bahia por 3 a 0, no último sábado, ele marcou dois no 3 a 1 diante do Corinthians, nesta quarta-feira, no Pacaembu. Nas vezes que balançou a rede contra os paulistas, mostrou posicionamento e poder de finalização de um verdadeiro matador. Após a partida, o técnico Oswaldo de Oliveira fez elogios.
- Os jogadores desta posição oscilam muito. Ele tem o timbre para atacante, tem a movimentação de um atacante, o poder de finalização de um atacante... Ainda há muito para crescer. Acho que vai aproveitar bastante esta situação que está vivendo agora. Já tínhamos a sensação que poderia acontecer, estávamos trabalhando para repor as perdas que poderíamos ter.
Animado com o bom momento do time, Oswaldo convocou a torcida a andar lado a lado com os jogadores. Para o treinador, nenhuma equipe consegue ser vitoriosa sem o apoio das arquibancadas.
- A torcida tem dado uma demonstração muito valorosa de empenho, credibilidade... Vamos precisar deste entendimento com eles. Ninguém consegue ser campeão sem a torcida, e eles estão entendendo isso. Com Seedorf ou sem Seedorf. Ele é um grande motivador, mas em alguns momentos não vamos poder contar com ele e precisaremos da nossa torcida.
O pensamento do treinador agora é preparar o time para o clássico de domingo, contra o Fluminense. Oswaldo lamentou o tempo menor de preparação para o duelo por causa do adiamento do jogo contra o Corinthians.
- Lamento termos que jogar com pouco espaço de recuperação por causa do adiamento desta partida. O Fluminense tem este tempo para se preparar. Mas vamos buscar força para fazermos uma boa exibição.
O Botafogo é o quarto colocado do Campeonato Brasileiro com 15 pontos.(Escrito por: DIOGO RIBEIRO)    Fonte: globoesporte.com

Elkeson, Corinthians x Botafogo (Foto: Wagner Carmo / Agência Estado)Elkeson comemora um de seus gols contra o Corinthians (Foto: Wagner Carmo / Agência Estado)

 

sexta-feira, 6 de julho de 2012

SELEÇAO VALE OURO



Empresa analisa valor dos 22 convocados para Olimpíadas, incluindo quatro reservas que poderão ser chamados em caso de lesão

Por DIOGO RIBEIRO Rio de Janeiro
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Neymar atacante Santos (Foto: Ricardo Saibun / Divulgação Santos FC)Neymar é o jogador mais valioso da Seleção que
estará em Londres (Foto: Ricardo Saibun)
A busca pela medalha de ouro nas Olimpíadas vale R$ 878 milhões. Esse é o valor dos 22 jogadores convocados por Mano Menezes para defender a Seleção em Londres (incluindo os quatro da "lista reserva", que podem ser usados em casos de lesão), de acordo com estudo feito pela empresa Pluri Consultoria.
O jogador mais caro é Neymar, avaliado em R$ 139,2 milhões, seguido pelo zagueiro Thiago Silva (R$ 98,7 milhões). O menos valioso é o zagueiro Marquinhos, do Corinthians, que está na "lista reserva" e vale R$ 2,3 milhões.
Marquinhos, o goleiro Gabriel (Milan, ex-Cruzeiro), o meia-atacante Giuliano (Dnipro, ex-Internacional) e o volante Casemiro (São Paulo) poderão ser chamados por Mano caso algum atleta se machuque após a estreia, dia 26, contra o Egito. Até este primeiro jogo, o treinador poderá chamar qualquer um dos jogadores que estavam na pré-lista de 35 (veja a relação aqui).
Depois do jogo contra o Egito pelo Grupo C, em Cardiff (País de Gales), a Seleção volta a campo para pegar a Bielorrússia, em Manchester, dia 29. O último jogo da primeira fase é contra a Nova Zelândia, em Newcastle, em 1º de agosto.
Se avançar em primeiro lugar, o Brasil enfrentará nas quartas de final o segundo colocado do Grupo D, que tem Espanha, Japão, Honduras e Marrocos. Se ficar na segunda posição, a Seleção pegará o líder da chave D.
Tabela com valores da seleção olímpica da Pluri Consultoria (Foto: Reprodução)

Presidente do fogão esta encantado por seedorf

Em seu primeiro contato direto com Seedorf desde a viagem para Milão, em maio de 2011, o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, ficou satisfeito com o que ouviu do holandês. Na recepção preparada pela diretoria em um hotel de Ipanema, Maurício teve a chance de conversar com o jogador e sua família.
Seedorf e Mauricio Assumpção Botafogo (Foto: Fernando Soutello / AGIF)Seedorf posa ao lado de Mauricio Assumpção na piscina do hotel em Ipanema (Foto: Fernando Soutello / AGIF)
- Conversei com o Clarence, e ele disse: "Presidente, estou encantado e espero retribuir em campo essa festa bonita que eles fizeram. Agora é comigo" - afirmou Maurício Assumpção, que esteve acompanhado do diretor executivo Sérgio Landau, do diretor financeiro Marcelo Murad e do assessor da presidência Roberto Costa.
Marcelo Mura, Maurício Assumpção e Roberto Costa na entrada do Fasano (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Maurício Assumpção deixa hotel em Ipanema, acompanhado de Marcelo Murad e e Roberto Costa
(Foto: André Durão / Globoesporte.com)
O presidente se surpreendeu com o pedido de Seedorf para começar a treinar o mais rapidamente possível. A previsão é de que ele comece a trabalhar apenas na terça-feira com o grupo e faça a sua estreia no dia 22, contra o Grêmio, no Engenhão.
- Ele realmente está empolgado. Chegou e falou que já queria treinar. Eu perguntei se era na segunda-feira, e ele disse: "Não. Quero treinar hoje mesmo. Tenho um programa para seguir e preciso desse treino". Ele me pegou de surpresa. Olha isso. Nessas horas você vê o nível do profissional. Falei que iria ver com meu departamento técnico - comentou.
Seedorf será apresentado neste sábado, a partir das 17h, no Engenhão, antes do jogo contra o Bahia (marcado para 18h30m), pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. Ele descerá de helicóptero no gramado e receberá a camisa 10 das mãos de duas crianças, em evento que será apresentado pelo humorista Marcelo Adnet. (POSTADO POR DIOGO RIBEIRO) FONTE : globoesporte

domingo, 20 de maio de 2012

Botafogo vence por 4x2 sao paulo

Após duas eliminações traumáticas no Campeonato Carioca e na Copa do Brasil, o Botafogo superou o São Paulo por 4 a 2, neste domingo, no Engenhão, largando na frente no Campeonato Brasileiro. O argentino Herrera brilhou, com três gols no segundo tempo. Vitor Júnior ainda marcou seu primeiro gol pelo clube. Jadson e Luis Fabiano chegaram a deixar o Tricolor Paulista em vantagem no placar por duas vezes na partida que levou pouco público ao estádio. Apenas 4.836 torcedores pagaram ingresso (7.008 presentes), totalizando renda de R$ 215.010,00.
E por falar no Fabuloso, o duelo valia uma aposta entre ele e o volante alvinegro Renato, ex-companheiros de Sevilla no futebol espanhol. O acordo era que quem perdesse teria que lavar as camisas do adversário. Se o combinado for cumprido, o camisa 9 são-paulino vai ter muito trabalho pela frente. Aposta à parte, o atacante lamentou a derrota de virada.
- Estivemos duas vezes na frente do placar, e faltou um pouco de experiência e de tranquilidade para administrar o jogo. Em time que quer chegar longe e lutar por alguma coisa não pode acontecer o que aconteceu hoje - analisou Luis Fabiano.
Já o nome do jogo, Herrera, não mostrou muita animação na saída de campo, ao ser questionado sobre a música que pediria no "Fantástico":
- Música? Para quê? Não vou pedir música, não. Fica sem música mesmo - disse.
As duas equipes voltam a campo pelo Brasileirão no próximo fim de semana. O Glorioso vai a Curitiba enfrentar o Coritiba, no domingo. O São Paulo, que antes encara o Goiás pelo segundo jogo das quartas de final da Copa do Brasil, quarta-feira, no Serra Dourada, tem pela frente o Bahia, domingo, no Morumbi.
Luis Fabiano São Paulo x Botafogo (Foto: Maurício Val / Vipcomm)Luis Fabiano tenta o domínio, cercado por Brinner (3) e Vitor Júnior (Foto: Maurício Val / Vipcomm)
Bota ameaça no início, mas São Paulo sai na frente
A julgar pelo início da partida, a impressão era que o Botafogo havia apagado as frustrações no Carioca e na Copa do Brasil. Ligado, o time carioca por pouco não se aproveitou de cochilos da defesa são-paulina e quase abriu o marcador em duas oportunidades. Na armação, pelo centro, Vitor Júnior buscava jogo e deu chute perigoso, em um contragolpe, aos oito minutos.
Não demorou, no entanto, para que o Tricolor tomasse as rédeas. Com espaço, os habilidosos meias trocavam passes e, aos 11, Lucas achou Jadson na área. O camisa 10 concluiu de primeira, acertando o ângulo direito de Jefferson, que nem saltou. A vantagem era tudo o que a equipe de Emerson Leão queria para desestabilizar o Botafogo, que sentiu o golpe e mostrou dificuldades para reagir.
Isolado, Loco Abreu não recebia as bolas. E, quando ela chegava, o uruguaio desperdiçava. A torcida se irritou com a lentidão de algumas jogadas, especialmente com Maicosuel. Os erros se acumularam, mas o São Paulo não soube explorá-los, à exceção de um arremate de Cortez, livre na área, e de uma cabeçada de Lucas defendida por Jefferson.
As estatísticas no intervalo comprovavam o domínio territorial do Glorioso, que teve 68% de posse de bola contra 32% do visitante. Mas o hexacampeão do Brasileirão finalizou mais (7 a 6) e teve 16 desarmes a mais. Em um dos últimos lances da etapa, Loco entregou uma cabeçada nas mãos de Denis e fez Oswaldo de Oliveira chamar Herrera para aquecer. Mal sabiam os alvinegros que isso mudaria inteiramente a história da então monótona partida.
Herrera incendeia o jogo
Com outra postura, o Botafogo melhorou com a entrada do argentino no lugar de Abreu. O ganho em movimentação abriu o caminho para Fellype Gabriel, discreto até aquele momento, crescer, e Márcio Azevedo passar a ser mais acionado nas costas de Douglas. Logo aos quatro, em cruzamento preciso de Lucas, que foi a surpresa na escalação, Herrera cabeceou com estilo e igualou. Na comemoração, o lateral foi tão celebrado quanto o camisa 17, após o pesadelo que viveu com as duas expulsões em jogos decisivos, no início do mês.
Embalado, o time da casa partiu com tudo. Aos sete, Herrera arriscou de longe, e Dênis espalmou para a frente. Márcio Azevedo pegou o rebote e também parou no goleiro. A resposta do São Paulo foi rápida. Luis Fabiano apareceu sozinho na área e testou uma bola à queima-roupa, mas Jefferson operou um milagre, sem dar rebote. Mas a insistência no jogo aéreo deu resultado aos 15 minutos. Em jogada de Jadson pela esquerda, Fabuloso cabeceou nas costas de Brinner, e Jefferson não conseguiu evitar -  a bola ainda resvalou no defensor alvinegro: 2 a 1 para o Tricolor. O goleiro deu uma dura bronca na zaga após o novo vacilo.
Confiando na reação, Oswaldo não mexeu. O Alvinegro se manteve no ataque e, desta vez, não baixou a guarda. Endiabrado, Herrera brigou entre os defensores e sofreu pênalti de Paulo Miranda. Ele mesmo bateu, com força, no canto direito do goleiro Dênis, que pulou para o esquerdo: 2 a 2, aos 22. E, antes mesmo de o Tricolor respirar, um lance sorte virou o jogo para o Botafogo, pouco depois: Vitor Júnior bateu falta, a bola desviou, enganou Dênis e morreu no fundo da rede. Alegria no Engenhão.
Atordoado, o São Paulo passou a hesitar. Leão tentou acabar com a apatia momentânea da equipe fazendo duas substituições. Entraram Maicon e Fernandinho. O problema, porém, era defensivo. Maicon foi desarmado por Fellype Gabriel na saída de bola, e Herrera fuzilou a rede para fazer 4 a 2. Um gol que, além de selar o triunfo, pode renovar os ânimos de uma equipe ferida por três derrotas seguidas em jogos decisivos do primeiro semestre.
No entanto, mesmo com o alívio no placar, Oswaldo de Oliveira, que reclamava muito do árbitro Sandro Meira Ricci, acabou expulso. Nervoso, disse que não sairia de campo e atrasou o reinício do duelo.
Sem forças, nem o brilho que apareceu em fugazes momentos, o São Paulo não ameaçou mais o Botafogo, que fez duas alterações, com Lucas Zen e Gabriel, apenas para passar o tempo e largou na frente na disputa do Brasileirão.
  POSTAGEM : arthur silveira ,

domingo, 8 de abril de 2012

Flamengo vence o classico por 2x1 que termina em confusao

Um clássico marcado pela tensão. Foi assim que começou e terminou mais um Vasco x Flamengo. O pênalti cobrado por Ronaldinho aos 47 minutos do segundo tempo deu a vitória aos rubro-negros por 2 a 1 na noite deste sábado e uma pequena pausa na pressão sobre o time e o jogador, apesar de mais uma atuação nada empolgante do camisa 10. O resultado classificou o clube para as semifinais da Taça Rio. E acabou sendo a gota d'água para um tumulto que envolveu os jogadores do Vasco. Principalmente Eduardo Costa e Rodolfo, que partiram para cima do árbitro Wagner dos Santos Rosa, e só não o agrediram porque foram contidos pelos policiais.
O presidente do clube, Roberto Dinamite, entrou em campo e reclamou da atuação do juiz. Principalmente do lance aos 29 minutos da segunda etapa, quando Thiago Feltri, em dividida com Wellington, caiu na área. Mas o árbitro mandou seguir o lance.
- Fomos roubados e não podemos vetar o árbitro - afirmou o dirigente.
Com um público de 14.152 presentes e 10.461 pagantes, que proporcionaram renda de R$ 302.745,00 no Engenhão, a partida, com um Vasco misto e um Flamengo completo, foi mais de transpiração do que inspiração. Ironizado pela torcida do Vasco, Deivid, no primeiro tempo, abriu o placar para o Flamengo. Diego Souza empatou a partida, e Ronaldinho, no outro lance polêmico, mas corretamente marcado pelo árbitro, decretou a vitória rubro-negra. Na saída de campo, o camisa 10 do Fla deixou no ar, num depoimento pouco claro, uma possível despedida.
- Quero sair daqui pela porta da frente - disse R10, na confusa saída do campo.
O resultado deixou o Flamengo na liderança do Grupo A na Taça Rio, com 18 pontos, e com uma das duas vagas asseguradas. O time não pode mais ser alcançado pelo Macaé, com 12 e só podendo chegar a 15, e o Resende, que ainda pode chegar a 18, mas perderia pelo número de vitórias no critério de desempate. Apenas o Botafogo pode ultrapassar os rubro-negros. De quebra, o Rubro-Negro passa o Vasco no cômputo geral da tabela - tem 33 pontos contra 32 do rival.
Ronaldinho Flamengo x Vasco (Foto: Marcos de Paula / Ag. Estado)Ronaldinho só aparece nos minutos finais para decidir (Foto: Marcos de Paula / Ag. Estado)
Com o resultado, o Vasco perdeu a liderança do Grupo B. O Bangu, que venceu o Macaé, é o primeiro colocado, com 12 pontos. Os cruz-maltinos ficaram em segundo, com 11, mas Fluminense, com 10, Duque de Caxias, com 8, e Volta Redonda, com 7 e um jogo a menos, ainda têm chances de brigar pela vaga.
Na próxima quinta-feira, a pressão voltará a mudar de lado. Enquanto o Vasco, já classificado para as oitavas de final da Libertadores, joga apenas pelo primeiro lugar do grupo, contra o eliminado Nacional, no Uruguai, às 21h50, o Flamengo terá no Engenhão, às 19h30,  a difícil missão de vencer o Lanús e torcer por empate de Olimpia e Emelec, no Defensores del Chaco, em Assunção, para também conseguir avançar à próxima fase. Na última rodada da Taça Rio, domingo, o Flamengo receberá o Americano no Engenhão, às 16h. No mesmo horário, os cruz-maltinos encaram o Nova Iguaçu, em Moça Bonita.
Atraso na entrada Com um inexplicável atraso para a entrada em campo - a equipe pisou no gramado aos gritos da torcida do Vasco de "eliminado" no momento em que a partida deveria começar -, o Flamengo apresentava Kleberson no lugar de Muralha. A intenção do técnico Joel Santana era ter jogadores mais experientes para lidar com a pressão e poupar mais os garotos. O veterano campeão mundial em 2002 até deu mais qualidade ao toque de bola no começo, mas a ausência do volante de 18 anos fez o time sofrer novamente com as péssimas saídas de bola de Willians, sempre mal no quesito passe. Tudo isso, além da apatia do Vasco, contribuiu para um primeiro tempo nada empolgante das duas equipes.
Pelo lado do Flamengo, na frente, Ronaldinho, aberto pela esquerda, repetia a tão já criticada omissão de um jogador com alto salário e a responsabilidade de ser o homem decisivo. Era Bottinelli quem mais aparecia na tentativa de armar jogadas para deixar Deivid e Vagner Love na cara do gol. A primeira chance, no entanto, começou com jogada pela esquerda de R10 para Junior Cesar. O lateral foi à linha de fundo e conseguiu acertar o cruzamento para Deivid. O camisa 9 nem cabeceou bem, mas a bola quicou e quase enganou Prass. O goleiro mandou para escanteio.
O Vasco entrou em campo com um desfalque considerável. O meia Felipe sentiu dores no ombro direito e foi cortado da concentração na noite de sexta-feira. Em seu lugar, o técnico Cristóvão optou por Eduardo Costa. Ainda sem Dedé, machucado, com edema na perna esquerda, Juninho, em recuperação de problema dentário, e Diego Souza, poupado no banco, o Vasco perdia em experiência e criatividade. Com três atacantes, tinha como jogada principal a explorar, para a conclusão de Alecsandro, a velocidade de William Barbio e Eder Luis.
E o camisa 7 levou perigo quando aplicou caneta em Willians, arrancou do meio de campo para dar o drible da vaca em Wellington, voltou a driblar o camisa 8 rubro-negro mais à frente e centrou. Léo Moura atrapalhou as pretensões de achar o atacante cruz-maltino, ao cortar de cabeça.
Gol de Deivid
Com os dois times errando muitos passes, a partida seguia num ritmo sonolento. Mas, aos 16 minutos, Willians conseguiu acertar uma jogada, no ataque. Tocou na meia-lua para Vagner Love. O atacante girou aos empurrões com Rodolfo e bateu já caído. Fernando Prass deu o rebote para Deivid tentar esquecer o gol perdido no último confronto com o rival, que entrou para o rol dos maiores do Inacreditável Futebol Clube. Dessa vez, ao contrário da partida anterior entre os clubes, vencida pelo Vasco por 2 a 1 na semifinal da Taça Guanabara, o camisa 9 tocou sem erro para o fundo da rede e foi comemorar com a torcida e os jogadores.
O gol esteve longe de deixar o Flamengo soberano na partida. Daí em diante, o time, tenso, caiu de rendimento. Ronaldinho mantinha o hábito de se livrar logo da bola, e Willians errava passes capitais na saída de jogo.
Mas o Vasco pouco se aproveitava dos erros do Flamengo. Com Fágner e Thiago Feltri apoiando pouco e William Barbio se jogando em quase todos os lances, sobravam Eder Luis e Felipe Bastos para criar algum lance de perigo. Foram justamente os dois os responsáveis pelos melhores momentos da equipe na partida.
Felipe Bastos arriscou bomba de fora da área. A bola foi à esquerda de Felipe. Destaque do time na primeira etapa, Eder Luis por pouco não empatou a partida, ao receber livre no meio e bater, de perna direita, rasteiro, rente à trave. O Vasco saía para o intervalo em desvantagem, mas dava a impressão de que o empate era questão de tempo.
Reação vascaína
Acertadamente, Cristóvão trocou o apagado Barbio por Diego Souza. Eder Luis teria com quem se entender melhor. O Flamengo mantinha Wlillians errando passes e um time confuso. Bom para o Vasco. Aos 4 minutos, Love ficou na indecisão de ir na bola no meio-campo. O Vasco engatou um contra-ataque até Alecsandro concluir. A bola subiu e encobriu Wellinton, que olhou passivamente Diego Souza, nas suas costas, entrar em velocidade e tocar sem defesa para Felipe. Era o gol de empate.
Diego Souza entrou bem na partida. E, logo depois de empatá-la, fez um tremendo carnaval pelo lado esquerdo, deixando claro que a defesa rubro-negra estava insegura. Após uma sucessão de passes errados, Willians acabou sacado. Joel optou por Rômulo, há muito tempo sem jogar. O Vasco já tinha Fágner melhor no apoio. O Flamengo, com Léo Moura contido no lado direito e Junior César sempre fraco no apoio, procurava reagir. Numa falta sobre Love na meia-lua, Ronaldinho, ainda apático, cobrou no travessão e, sem que ninguém percebesse, cometeu irregularidade no lance, ao pegar o rebote no lado esquerdo sem que nenhum jogador tivesse tocado na bola.
Era um momento em que o Vasco estava melhor. E Felipe Bastos poderia ter saído consagrado se mandasse para o fundo das redes o belo chute com efeito de fora da área que fez o goleiro Felipe rezar para não sofrer o gol. Pouco depois, foi substituído por Allan. Do lado do Fla, Bottinelli deu lugar a Luiz Antônio. Os erros na defesa e no meio-campo rubro-negros continuavam. Aos 29 minutos, o Vasco reclamou de pênalti de Wellinton em Thiago Feltri, em lance polêmico. No contra-ataque, Deivid devolveu presente dado por Fernando Prass e desperdiçou boa chance. Logo depois, Joel o trocou por Diego Maurício. O camisa 9 saiu aplaudido, ironicamente, pela torcida vascaína.
Os dois times se alternavam nas chances de ataque, e jogo parecia ainda não estar decidido. Aos 40 minutos, Allan deu lambreta sensacional e bateu cruzado para grande defesa de Felipe. No contra-ataque, Ronaldinho, em sua melhor jogada, serviu Léo Moura para decidir. O jogador bateu cruzado para fora. Aos 46, o lateral, outro a aparecer bem no fim, foi derrubado na área por Fernando Prass. Pênalti que Ronaldinho não desperdiçou, deslocando o goleiro.
Com o apito final, Eduardo Costa e Rodolfo partiram para cima do árbitro, e o tumulto foi formado. A tensão mudou de lado. Mas, quinta-feira, na Libertadores, volta a ficar rubro-negra.

Fluminense vence madureira sem problemas por 2x0

O Fluminense visitou na tarde deste sábado o Madureira, em Conselheiro Galvão, em jogo da penúltima rodada da Taça Rio. O Tricolor das Laranjeiras precisava da vitória para se manter com chances de classificação à fase semifinal e, sem ser brilhante, atingiu seu objetivo ao triunfar pelo placar de 2 a 1. Lanzini e Thiago Neves marcaram os gols dos visitantes, com Zé Carlos descontando para os donos da casa.
Com o resultado, o Fluminense aparece na terceira posição do Grupo B, com dez pontos, atrás de Bangu (12 pontos, venceu o Macaé por 1 a 0) e Vasco (11). Na última rodada, dia 15, contra o Olaria, em Volta Redonda, a ordem é vencer o jogo e torcer por um tropeço de um dos rivais que estão acima da tabela. Antes disso, porém, o Flu volta as atenções para a Taça Libertadores. Já classificado, o time das Laranjeiras recebe o Boca Juniors, quarta-feira, no Engenhão.
O Madureira, por sua vez, segue ameaçado de rebaixamento. O time tem 12 pontos na soma dos turnos e precisa vencer o Duque de Caxias na última rodada, também dia 15, para se afastar da degola. Bangu (também 12 pontos, saldo igual e menos gols marcados), Bonsucesso (11 pontos, joga domingo contra o Boavista) e Americano (oito, encara o Nova Iguaçu, domingo) seguem logo abaixo do Tricolor do subúrbio (os dois piores caem).
Polêmica logo no início
O Fluminense teve os defalques de Valencia, machucado, Deco e Fred, poupados, e Wellington Nem, suspenso. Lanzini ganhou uma chance no meio, enquanto Rafael Moura assumiu o comando de ataque formando dupla com Rafael Sobis. A dupla de volantes foi formada por Edinho e Diguinho, enquanto Thiago Neves completou o setor de meio-campo.
Logo a 1 minuto, o Fluminense achou o caminho do gol. Após cruzamento da esquerda, Thiago Neves, em posição legal, empurrou para a rede. A arbitragem, entretanto, marcou impedimento de Rafael Moura, que tentara a cabeçada num primeiro momento, sem, no entanto, encostar na bola.
Lanzini gol Fluminense x Madureira (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)Lanzini festeja com Rafael Moura o primeiro gol do Fluminense (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)
Após o susto, o Madureira se animou na partida e tratou de dar um calor no Fluminense. Com boas atuações de Caio Cézar e Paulo Vítor, o time tricolor suburbano ganhou em domínio territorial, mas teve dificuldade para criar chances reais de gol.
Lanzini e Thiago Neves abrem vantagem
O Flu, mesmo sem jogar bem, abriu o placar. Aos 20, Edinho teve espaço e arriscou de fora da área. O chute carimbou a trave esquerda de Márcio. A bola sobrou para Rafael Moura, que cruzou para Sobis. O camisa 23 ajeitou de cabeça para o meio e Lanzini, com o gol aberto, testou para a rede.
O gol fez o Madureira sentir. O jogo passou a ficar mais equilibrado, e o Fluminense tratou de tentar atrair o rival para sair na boa. As chances de gol ficaram escassas, e os visitantes ampliaram sua vantagem pouco antes do intervalo. Thiago Neves pegou uma sobra de bola na meia-lua e soltou a bomba de canhota, no cantinho: 2 a 0 Fluminense.
Na volta para o segundo tempo, Abel Braga trocou Leandro Euzébio por Gum. O técnico Gabriel Vieira também mexeu no time do Madureira: o volante Caio Cézar deu lugar a Rodrigo, jogador que costuma atuar mais voltado à marcação. Foi o Fluminense, entretanto, que começou melhor a etapa complementar. Logo aos 4, Sobis entrou na área e chegou a passar pelo goleiro Márcio. O atacante ficou sem ângulo e tentou servir Rafael Moura, mas a zaga chegou antes de He-Man e conseguiu evitar o gol.
Pipa em campo e susto no fim
Um episódio inusitado aconteceu ao longo do segundo tempo. Um rapaz postado numa parte mais alta de Conselheiro Galvão soltava uma pipa, que curiosamente sempre baixava perto de Diego Cavalieri quando o Madureira atacava. O rapaz acabou por dar uma bobeada e a pipa caiu no campo de jogo. Edinho a pegou, arrebentou a linha e tirou a pipa de campo.
O Fluminense, sem forçar muito, procurou levar o jogo em banho-maria, chegando ao ataque em oportunidades esporádicas. O Madureira promoveu uma troca em seu ataque: Jairo saiu para Dinei entrar. Na metade da etapa final, os técnicos voltaram a mexer nos times. Lanzini deu lugar a Wagner no Flu, enquanto Paulo Vitor saiu para a entrada do atacante Leandro Cruz.
O panorama seguiu igual. O Madureira chegou a ter uma chance aos 28, com Maciel, mas o atacante dominou na área e bateu para fora, na cara de Cavalieri. No lado do Flu, Sobis ainda incomodou em um chute ou outro, mas o time deu sinais de estar satisfeito com o resultado.
Abel ainda fez uma útima mudança, trocando Edinho por Jean. Nitidamente, a intenção do Flu era levar o jogo até o fim sem sustos. Mas o Madureira, valente, tratou de estragar o plano. O Fluminense até conseguiu a vitória, mas não sem antes sofrer um golzinho. Após bola levantada na área, Cavalieri saiu mal do gol, e Zé Carlos apareceu para empurrar para a rede, no meio da multidão. O time do subúrbio até tentou buscar o empate, mas o Flu soube se segurar e garantiu os três pontos.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Botafogo vence na Copa Do Brasil, mas não evita segundo jogo no rio .

Não foi o resultado perfeito para o Botafogo, mas, de virada, é sempre bom vencer. O Alvinegro derrotou o Guarani por 2 a 1, nesta quarta-feira, no estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas (SP), pela segunda fase da Copa do Brasil e ficou em vantagem para o jogo de volta, no Engenhão, dia 18. Pode empatar e até perder por 1 a 0 que se classifica às oitavas de final. Em caso de derrota alvinegra por diferença mínima a partir de 3 a 2, a vaga fica com o time paulista - 2 a 1 para os alviverdes leva a decisão para os pênaltis.
Renato e Herrera marcaram para o time carioca nesta quarta, com Bruno Mendes fazendo o gol da equipe paulista. O público no Brinco de Ouro foi pequeno, apenas 3.612 pagaram ingresso (não foi divulgado o total de presentes), que proporcionaram uma renda de R$ 59.429,00.
O Botafogo volta a jogar no próximo domingo, contra o Friburguense, no Engenhão, às 16h, pela sétima rodada da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca. Nos mesmos dia e horário, o Guarani recebe o Palmeiras, pela 18ª e penúltima rodada da primeira fase do Paulistão.
Andrezinho erra, mas depois acerta: 1 a 1
O jogo iniciou lento e com muitos erros de passes, de ambos os lados. Assim, a bola ficava a maior parte do tempo entre as duas intermediárias. A primeira chance de gol só surgiu aos 13, para o Botafogo. Após bom contra-ataque, Andrezinho cruzou da direita e Elkeson não alcançou no segundo pau. Dois minutos depois, a resposta do Guarani veio em chute de fora da área de Danilo, que passou à direita de Jefferson, com perigo.
Andrezinho Botafogo x Guarani (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Andrezinho, personagem do 1º tempo, dá combate
a Neto (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Apesar desses dois lances, o panorama da partida não mudou. Assim mesmo, aos 22, o Botafogo teve uma oportunidade clara de abrir o marcador, mas Herrera, livre, próximo à pequena área bugrina, chutou a bola em cima do goleiro Emerson. O lance foi criado meio sem querer, pois a bola bateu em Fellype Gabriel antes de sobrar para o argentino.
Em geral, o Alvinegro errava sempre o último passe e por isso pouco ameaçava o Guarani. Mas, a partir da metade da primeira etapa, passou a ter o domínio do jogo. Aos 34, após a cobrança de um escanteio feita por Renato, Antônio Carlos cabeceou para a pequena área. Herrera, livre, se esticou todo, mas não conseguiu completar para o gol vazio.
O jogo favorável ao Botafogo pareceu ter deixado Andrezinho distraído. E, numa bobeada do meia, Bruno Mendes tomou-lhe a bola. Penetrou na área e, aos trancos e barrancos, perdendo e ganhando o domínio da jogada, conseguiu, na raça, chutar rasteiro entre as pernas de Jefferson, abrindo o placar para o Guarani.
No entanto, Andrezinho se recuperaria ainda na primeira etapa. Aos 44, cobrou bem uma falta da direita, e Renato aproveitou de cabeça para igualar o placar, resultado mais justo pelo que aconteceu em campo no primeiro tempo. O camisa 8 do Botafogo, que começou sua carreira no Guarani, evitou comemorar o gol.
Renato comemora gol do Botafogo contra o Guarani (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Marcelo Mattos cumprimenta Renato, após o primeiro gol do Bota (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)
Botafogo melhora, leva sustos, mas chega ao segundo
A configuração das equipes para a segunda etapa mostrou o Botafogo mais avançado, mas com os mesmos equívocos do primeiro tempo. E Herrera mostrou mais uma vez, no mínimo, falta de sorte na conclusão a gol. Aos 10, Fellype Gabriel recebeu na área de Andrezinho e tocou para Antônio Carlos errar a bola na pequena área. Na sequência, Herrera recebeu de Elkeson e chutou forte, em cima de Emerson, e no rebote cabeceou fraco, nas mãos do goleiro do Guarani.
No contra-ataque, o time da casa quase desempatou, com Fabinho, que fez boa jogada pela direita e chutou forte de pé canhoto. Mas Jefferson fez ótima defesa. Porém, quem exercia pressão em busca do segundo gol era o Alvinegro, e a presença na área adversária passou a ser mais constante.
O jogo ficou mais aberto e, outra vez em contra-ataque rápido, o Bugre ficou mais perto de marcar. Fabinho penetrou na área pela esquerda e bateu forte. Jefferson desviou a bola antes de ela bater na sua trave esquerda.
Porém, quem atuava melhor era o Botafogo, que chegou à virada aos 23. Herrera não teve como errar. Renato recebeu de Fellype Gabriel na direita, levou a bola na linha de fundo, já dentro da área, e deixou o atacante argentino com o gol à sua frente. Foi só empurrar a bola para a rede: 2 a 1.
A desvantagem fez o Bugre se adiantar e, aos 24, Fabinho teve outra chance, mas chutou por cima. Aos poucos, o Botafogo foi recuando, parecendo esquecer que com dois gols de vantagem eliminaria o jogo da volta, e deu espaços ao adversário. Sorte dos alvinegros que os atacantes bugrinos cometiam os mais bisonhos erros e desperdiçavam boas oportunidades. E foi na base do sufoco que os alvinegros seguraram a vitória em Campinas.
Herrera gol Botafogo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Herrera agradece aos céus por seu gol, entre Elkeson e Renato (8) (Foto: Marcos Ribolli/ Globoesporte.com)

Flamengo da mole no final e perde de virado por 3x2.

O Flamengo entrou no gramado do estádio George Capwell, em Guayaquil, com a mesma formação que iniciou o jogo contra o Bangu, no último domingo, e mostrou bom desempenho ofensivo. Depois de ir para o intervalo com a vitória parcial sobre o Emelec-EQU por 2 a 1, uma mudança tática do técnico Joel Santana aos 23 minutos do segundo tempo teve resultado desastroso. Gustavo entrou no lugar de Deivid, o Fla se encolheu, e os equatorianos, que jamais haviam vencido um time brasileiro em jogos da Libertadores, viraram o jogo para 3 a 2. O gol da vitória, de pênalti, saiu aos 45. Léo Moura e Deivid marcaram para o Fla.
Em nenhum treino durante a semana, Joel testou a formação com três zagueiros. Ao levar três gols de um time que só marcara uma vez em quatro jogos, o Rubro-Negro fica a um passo da eliminação na Taça Libertadores ainda na fase de grupos.
Para se classificar no Grupo 2, o Flamengo, agora lanterna, depende de um milagre na última rodada. Além de vencer o já classificado Lanús, quinta-feira, às 19h30 (de Brasília), no Engenhão, precisa torcer por um empate entre Olimpia-PAR e Emelec, que jogam no mesmo horário em Assunção.
Antes de voltar a jogar pela Taça Libertadores, o Flamengo entra em campo neste sábado, às 18h30 (de Brasília), para enfrentar o Vasco na penúltima rodada da Taça Rio, no Engenhão. O time lidera o Grupo A, com 15 pontos.
O jogo
Ronaldinho Gaúcho na partida do Flamengo contra o Emelec (Foto: Reuters)Ronaldinho Gaúcho tenta o domínio, marcado
por P. Quiñonez, do Emelec (Foto: Reuters)
Assim como em qualquer jogo em que as duas equipes disputam a sobrevida, o nervosismo e a ansiedade de ambas eram nítidos. Apesar do campo desnivelado, os erros de passes aconteciam muito mais pela falta de capricho. Num deles, o Flamengo quase sofreu um gol logo aos dois minutos, quando Muralha bobeou, Giménez chutou cruzado, e De Jesús mandou para fora.
Depois do susto, o Fla começou a se acertar em campo, procurando tocar a bola com mais calma e se organizando melhor nos contra-ataques. Depois de uma cobrança de escanteio do Emelec, a bola passou por Junior Cesar, Bottinelli, Vagner Love e Deivid, que deu um ótimo passe para Léo Moura chutar e contar com o desvio de Bagüi para fazer 1 a 0, aos sete minutos.
O controle do jogo passou a ficar nos pés do Flamengo, que teve em Bottinelli um comandante de qualidade no meio-campo. No entanto, o Emelec começou a usar as bolas cruzadas na área, percebendo a dificuldade do adversário nesse tipo de jogada. Aos 15, Figueroa quase marcou, ao cabecear livre, nas costas de Welinton, nas mãos de Felipe.
A pressão aumentou. Aos 18, o goleiro do Flamengo deu rebote em um cruzamento de Bagüi e precisou sair para dividir a bola com Giménez e evitar o empate. Em mais uma bola jogada na área, De Jesús cabeceou em cima de Welinton, aos 24. No entanto, aos 33, não teve jeito. Figueroa subiu mais que Welinton e tocou no canto esquerdo de Felipe para empatar o jogo.
Quando parecia que o Emelec passaria a pressionar pela virada, o Flamengo voltou a se organizar em campo. Num ensaio, Ronaldinho Gaúcho deu ótimo cruzamento para Deivid cabecear rente à trave, aos 38. No ato principal, o camisa 10 tocou para Junior Cesar cruzar, e Deivid, desta vez, colocar a bola no fundo da rede, aos 42, deixando o time brasileiro em vantagem no fim do primeiro tempo.
Mudança infeliz e virada
O Emelec voltou do vestiário determinado a empatar o jogo e se manter vivo na competição. O Flamengo até conseguiu controlar o ímpeto do adversário e evitar uma pressão insustentável. Aos oito minutos, ainda teve uma boa chance, num passe por cobertura de Junior Cesar para Ronaldinho, que tentou achar Love na pequena área, mas errou.
Depois dessa jogada, o Emelec começou a criar melhores oportunidades de gol. Aos 11, em nova cobrança de escanteio, Figueroa mais uma vez ganhou de Welinton de cabeça e acertou o travessão. O time equatoriano fez duas mudanças: Mina e Mena nos lugares de Jose Luis Quiñónez e Valencia, respectivamente.
Cada time usou as armas que tinha em mãos. O Emelec fez sua última substituição aos 19 minutos, com Mondaini no lugar de De Jesús. A resposta do técnico Joel Santana foi a entrada do zagueiro Gustavo no lugar do atacante Deivid, para tentar reforçar a marcação no jogo aéreo.
O que se viu, entretanto, foi uma pressão que até então não havia acontecido. Todo encolhido, o Fla não conseguia trocar três passes quando tinha a bola. O Emelec insistia com perigo nas jogadas pelo alto e não saía do campo defensivo do Fla. Para se ter uma ideia do domínio, o time brasileiro, que teve 54% da posse de bola na etapa inicial, acabou a partida com 49%. Num raro lance de contra-ataque, Vagner Love não chegou a tempo de alcançar o passe de Muralha, aos 29. Não seria exagero dizer, inclusive, que o Artilheiro do Amor teve uma de suas piores atuações desde que voltou ao Fla.
Joel ainda tentou dar novo gás ao meio-campo, colocando Magal e Luiz Antonio nos lugares de Bottinelli e Muralha. Mas o estrago definitivo ainda estava por vir. Em mais uma das 30 bolas alçadas pelo Emelec na área, Figueroa cabeceou sem chances para Felipe, aos 37. O detalhe é que, com três zagueiros em campo, quem marcava o atacante mais perigoso do rival era o baixinho Junior Cesar. Ronaldinho ainda teve a chance de desempatar em seguida, mas a cobrança de falta ficou na barreira. Para piorar, Willians cometeu pênalti infantil em Mena, e Gaibor converteu, aos 45, para levar ao êxtase a inflamada torcida azul.