domingo, 8 de abril de 2012

Flamengo vence o classico por 2x1 que termina em confusao

Um clássico marcado pela tensão. Foi assim que começou e terminou mais um Vasco x Flamengo. O pênalti cobrado por Ronaldinho aos 47 minutos do segundo tempo deu a vitória aos rubro-negros por 2 a 1 na noite deste sábado e uma pequena pausa na pressão sobre o time e o jogador, apesar de mais uma atuação nada empolgante do camisa 10. O resultado classificou o clube para as semifinais da Taça Rio. E acabou sendo a gota d'água para um tumulto que envolveu os jogadores do Vasco. Principalmente Eduardo Costa e Rodolfo, que partiram para cima do árbitro Wagner dos Santos Rosa, e só não o agrediram porque foram contidos pelos policiais.
O presidente do clube, Roberto Dinamite, entrou em campo e reclamou da atuação do juiz. Principalmente do lance aos 29 minutos da segunda etapa, quando Thiago Feltri, em dividida com Wellington, caiu na área. Mas o árbitro mandou seguir o lance.
- Fomos roubados e não podemos vetar o árbitro - afirmou o dirigente.
Com um público de 14.152 presentes e 10.461 pagantes, que proporcionaram renda de R$ 302.745,00 no Engenhão, a partida, com um Vasco misto e um Flamengo completo, foi mais de transpiração do que inspiração. Ironizado pela torcida do Vasco, Deivid, no primeiro tempo, abriu o placar para o Flamengo. Diego Souza empatou a partida, e Ronaldinho, no outro lance polêmico, mas corretamente marcado pelo árbitro, decretou a vitória rubro-negra. Na saída de campo, o camisa 10 do Fla deixou no ar, num depoimento pouco claro, uma possível despedida.
- Quero sair daqui pela porta da frente - disse R10, na confusa saída do campo.
O resultado deixou o Flamengo na liderança do Grupo A na Taça Rio, com 18 pontos, e com uma das duas vagas asseguradas. O time não pode mais ser alcançado pelo Macaé, com 12 e só podendo chegar a 15, e o Resende, que ainda pode chegar a 18, mas perderia pelo número de vitórias no critério de desempate. Apenas o Botafogo pode ultrapassar os rubro-negros. De quebra, o Rubro-Negro passa o Vasco no cômputo geral da tabela - tem 33 pontos contra 32 do rival.
Ronaldinho Flamengo x Vasco (Foto: Marcos de Paula / Ag. Estado)Ronaldinho só aparece nos minutos finais para decidir (Foto: Marcos de Paula / Ag. Estado)
Com o resultado, o Vasco perdeu a liderança do Grupo B. O Bangu, que venceu o Macaé, é o primeiro colocado, com 12 pontos. Os cruz-maltinos ficaram em segundo, com 11, mas Fluminense, com 10, Duque de Caxias, com 8, e Volta Redonda, com 7 e um jogo a menos, ainda têm chances de brigar pela vaga.
Na próxima quinta-feira, a pressão voltará a mudar de lado. Enquanto o Vasco, já classificado para as oitavas de final da Libertadores, joga apenas pelo primeiro lugar do grupo, contra o eliminado Nacional, no Uruguai, às 21h50, o Flamengo terá no Engenhão, às 19h30,  a difícil missão de vencer o Lanús e torcer por empate de Olimpia e Emelec, no Defensores del Chaco, em Assunção, para também conseguir avançar à próxima fase. Na última rodada da Taça Rio, domingo, o Flamengo receberá o Americano no Engenhão, às 16h. No mesmo horário, os cruz-maltinos encaram o Nova Iguaçu, em Moça Bonita.
Atraso na entrada Com um inexplicável atraso para a entrada em campo - a equipe pisou no gramado aos gritos da torcida do Vasco de "eliminado" no momento em que a partida deveria começar -, o Flamengo apresentava Kleberson no lugar de Muralha. A intenção do técnico Joel Santana era ter jogadores mais experientes para lidar com a pressão e poupar mais os garotos. O veterano campeão mundial em 2002 até deu mais qualidade ao toque de bola no começo, mas a ausência do volante de 18 anos fez o time sofrer novamente com as péssimas saídas de bola de Willians, sempre mal no quesito passe. Tudo isso, além da apatia do Vasco, contribuiu para um primeiro tempo nada empolgante das duas equipes.
Pelo lado do Flamengo, na frente, Ronaldinho, aberto pela esquerda, repetia a tão já criticada omissão de um jogador com alto salário e a responsabilidade de ser o homem decisivo. Era Bottinelli quem mais aparecia na tentativa de armar jogadas para deixar Deivid e Vagner Love na cara do gol. A primeira chance, no entanto, começou com jogada pela esquerda de R10 para Junior Cesar. O lateral foi à linha de fundo e conseguiu acertar o cruzamento para Deivid. O camisa 9 nem cabeceou bem, mas a bola quicou e quase enganou Prass. O goleiro mandou para escanteio.
O Vasco entrou em campo com um desfalque considerável. O meia Felipe sentiu dores no ombro direito e foi cortado da concentração na noite de sexta-feira. Em seu lugar, o técnico Cristóvão optou por Eduardo Costa. Ainda sem Dedé, machucado, com edema na perna esquerda, Juninho, em recuperação de problema dentário, e Diego Souza, poupado no banco, o Vasco perdia em experiência e criatividade. Com três atacantes, tinha como jogada principal a explorar, para a conclusão de Alecsandro, a velocidade de William Barbio e Eder Luis.
E o camisa 7 levou perigo quando aplicou caneta em Willians, arrancou do meio de campo para dar o drible da vaca em Wellington, voltou a driblar o camisa 8 rubro-negro mais à frente e centrou. Léo Moura atrapalhou as pretensões de achar o atacante cruz-maltino, ao cortar de cabeça.
Gol de Deivid
Com os dois times errando muitos passes, a partida seguia num ritmo sonolento. Mas, aos 16 minutos, Willians conseguiu acertar uma jogada, no ataque. Tocou na meia-lua para Vagner Love. O atacante girou aos empurrões com Rodolfo e bateu já caído. Fernando Prass deu o rebote para Deivid tentar esquecer o gol perdido no último confronto com o rival, que entrou para o rol dos maiores do Inacreditável Futebol Clube. Dessa vez, ao contrário da partida anterior entre os clubes, vencida pelo Vasco por 2 a 1 na semifinal da Taça Guanabara, o camisa 9 tocou sem erro para o fundo da rede e foi comemorar com a torcida e os jogadores.
O gol esteve longe de deixar o Flamengo soberano na partida. Daí em diante, o time, tenso, caiu de rendimento. Ronaldinho mantinha o hábito de se livrar logo da bola, e Willians errava passes capitais na saída de jogo.
Mas o Vasco pouco se aproveitava dos erros do Flamengo. Com Fágner e Thiago Feltri apoiando pouco e William Barbio se jogando em quase todos os lances, sobravam Eder Luis e Felipe Bastos para criar algum lance de perigo. Foram justamente os dois os responsáveis pelos melhores momentos da equipe na partida.
Felipe Bastos arriscou bomba de fora da área. A bola foi à esquerda de Felipe. Destaque do time na primeira etapa, Eder Luis por pouco não empatou a partida, ao receber livre no meio e bater, de perna direita, rasteiro, rente à trave. O Vasco saía para o intervalo em desvantagem, mas dava a impressão de que o empate era questão de tempo.
Reação vascaína
Acertadamente, Cristóvão trocou o apagado Barbio por Diego Souza. Eder Luis teria com quem se entender melhor. O Flamengo mantinha Wlillians errando passes e um time confuso. Bom para o Vasco. Aos 4 minutos, Love ficou na indecisão de ir na bola no meio-campo. O Vasco engatou um contra-ataque até Alecsandro concluir. A bola subiu e encobriu Wellinton, que olhou passivamente Diego Souza, nas suas costas, entrar em velocidade e tocar sem defesa para Felipe. Era o gol de empate.
Diego Souza entrou bem na partida. E, logo depois de empatá-la, fez um tremendo carnaval pelo lado esquerdo, deixando claro que a defesa rubro-negra estava insegura. Após uma sucessão de passes errados, Willians acabou sacado. Joel optou por Rômulo, há muito tempo sem jogar. O Vasco já tinha Fágner melhor no apoio. O Flamengo, com Léo Moura contido no lado direito e Junior César sempre fraco no apoio, procurava reagir. Numa falta sobre Love na meia-lua, Ronaldinho, ainda apático, cobrou no travessão e, sem que ninguém percebesse, cometeu irregularidade no lance, ao pegar o rebote no lado esquerdo sem que nenhum jogador tivesse tocado na bola.
Era um momento em que o Vasco estava melhor. E Felipe Bastos poderia ter saído consagrado se mandasse para o fundo das redes o belo chute com efeito de fora da área que fez o goleiro Felipe rezar para não sofrer o gol. Pouco depois, foi substituído por Allan. Do lado do Fla, Bottinelli deu lugar a Luiz Antônio. Os erros na defesa e no meio-campo rubro-negros continuavam. Aos 29 minutos, o Vasco reclamou de pênalti de Wellinton em Thiago Feltri, em lance polêmico. No contra-ataque, Deivid devolveu presente dado por Fernando Prass e desperdiçou boa chance. Logo depois, Joel o trocou por Diego Maurício. O camisa 9 saiu aplaudido, ironicamente, pela torcida vascaína.
Os dois times se alternavam nas chances de ataque, e jogo parecia ainda não estar decidido. Aos 40 minutos, Allan deu lambreta sensacional e bateu cruzado para grande defesa de Felipe. No contra-ataque, Ronaldinho, em sua melhor jogada, serviu Léo Moura para decidir. O jogador bateu cruzado para fora. Aos 46, o lateral, outro a aparecer bem no fim, foi derrubado na área por Fernando Prass. Pênalti que Ronaldinho não desperdiçou, deslocando o goleiro.
Com o apito final, Eduardo Costa e Rodolfo partiram para cima do árbitro, e o tumulto foi formado. A tensão mudou de lado. Mas, quinta-feira, na Libertadores, volta a ficar rubro-negra.

Fluminense vence madureira sem problemas por 2x0

O Fluminense visitou na tarde deste sábado o Madureira, em Conselheiro Galvão, em jogo da penúltima rodada da Taça Rio. O Tricolor das Laranjeiras precisava da vitória para se manter com chances de classificação à fase semifinal e, sem ser brilhante, atingiu seu objetivo ao triunfar pelo placar de 2 a 1. Lanzini e Thiago Neves marcaram os gols dos visitantes, com Zé Carlos descontando para os donos da casa.
Com o resultado, o Fluminense aparece na terceira posição do Grupo B, com dez pontos, atrás de Bangu (12 pontos, venceu o Macaé por 1 a 0) e Vasco (11). Na última rodada, dia 15, contra o Olaria, em Volta Redonda, a ordem é vencer o jogo e torcer por um tropeço de um dos rivais que estão acima da tabela. Antes disso, porém, o Flu volta as atenções para a Taça Libertadores. Já classificado, o time das Laranjeiras recebe o Boca Juniors, quarta-feira, no Engenhão.
O Madureira, por sua vez, segue ameaçado de rebaixamento. O time tem 12 pontos na soma dos turnos e precisa vencer o Duque de Caxias na última rodada, também dia 15, para se afastar da degola. Bangu (também 12 pontos, saldo igual e menos gols marcados), Bonsucesso (11 pontos, joga domingo contra o Boavista) e Americano (oito, encara o Nova Iguaçu, domingo) seguem logo abaixo do Tricolor do subúrbio (os dois piores caem).
Polêmica logo no início
O Fluminense teve os defalques de Valencia, machucado, Deco e Fred, poupados, e Wellington Nem, suspenso. Lanzini ganhou uma chance no meio, enquanto Rafael Moura assumiu o comando de ataque formando dupla com Rafael Sobis. A dupla de volantes foi formada por Edinho e Diguinho, enquanto Thiago Neves completou o setor de meio-campo.
Logo a 1 minuto, o Fluminense achou o caminho do gol. Após cruzamento da esquerda, Thiago Neves, em posição legal, empurrou para a rede. A arbitragem, entretanto, marcou impedimento de Rafael Moura, que tentara a cabeçada num primeiro momento, sem, no entanto, encostar na bola.
Lanzini gol Fluminense x Madureira (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)Lanzini festeja com Rafael Moura o primeiro gol do Fluminense (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)
Após o susto, o Madureira se animou na partida e tratou de dar um calor no Fluminense. Com boas atuações de Caio Cézar e Paulo Vítor, o time tricolor suburbano ganhou em domínio territorial, mas teve dificuldade para criar chances reais de gol.
Lanzini e Thiago Neves abrem vantagem
O Flu, mesmo sem jogar bem, abriu o placar. Aos 20, Edinho teve espaço e arriscou de fora da área. O chute carimbou a trave esquerda de Márcio. A bola sobrou para Rafael Moura, que cruzou para Sobis. O camisa 23 ajeitou de cabeça para o meio e Lanzini, com o gol aberto, testou para a rede.
O gol fez o Madureira sentir. O jogo passou a ficar mais equilibrado, e o Fluminense tratou de tentar atrair o rival para sair na boa. As chances de gol ficaram escassas, e os visitantes ampliaram sua vantagem pouco antes do intervalo. Thiago Neves pegou uma sobra de bola na meia-lua e soltou a bomba de canhota, no cantinho: 2 a 0 Fluminense.
Na volta para o segundo tempo, Abel Braga trocou Leandro Euzébio por Gum. O técnico Gabriel Vieira também mexeu no time do Madureira: o volante Caio Cézar deu lugar a Rodrigo, jogador que costuma atuar mais voltado à marcação. Foi o Fluminense, entretanto, que começou melhor a etapa complementar. Logo aos 4, Sobis entrou na área e chegou a passar pelo goleiro Márcio. O atacante ficou sem ângulo e tentou servir Rafael Moura, mas a zaga chegou antes de He-Man e conseguiu evitar o gol.
Pipa em campo e susto no fim
Um episódio inusitado aconteceu ao longo do segundo tempo. Um rapaz postado numa parte mais alta de Conselheiro Galvão soltava uma pipa, que curiosamente sempre baixava perto de Diego Cavalieri quando o Madureira atacava. O rapaz acabou por dar uma bobeada e a pipa caiu no campo de jogo. Edinho a pegou, arrebentou a linha e tirou a pipa de campo.
O Fluminense, sem forçar muito, procurou levar o jogo em banho-maria, chegando ao ataque em oportunidades esporádicas. O Madureira promoveu uma troca em seu ataque: Jairo saiu para Dinei entrar. Na metade da etapa final, os técnicos voltaram a mexer nos times. Lanzini deu lugar a Wagner no Flu, enquanto Paulo Vitor saiu para a entrada do atacante Leandro Cruz.
O panorama seguiu igual. O Madureira chegou a ter uma chance aos 28, com Maciel, mas o atacante dominou na área e bateu para fora, na cara de Cavalieri. No lado do Flu, Sobis ainda incomodou em um chute ou outro, mas o time deu sinais de estar satisfeito com o resultado.
Abel ainda fez uma útima mudança, trocando Edinho por Jean. Nitidamente, a intenção do Flu era levar o jogo até o fim sem sustos. Mas o Madureira, valente, tratou de estragar o plano. O Fluminense até conseguiu a vitória, mas não sem antes sofrer um golzinho. Após bola levantada na área, Cavalieri saiu mal do gol, e Zé Carlos apareceu para empurrar para a rede, no meio da multidão. O time do subúrbio até tentou buscar o empate, mas o Flu soube se segurar e garantiu os três pontos.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Botafogo vence na Copa Do Brasil, mas não evita segundo jogo no rio .

Não foi o resultado perfeito para o Botafogo, mas, de virada, é sempre bom vencer. O Alvinegro derrotou o Guarani por 2 a 1, nesta quarta-feira, no estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas (SP), pela segunda fase da Copa do Brasil e ficou em vantagem para o jogo de volta, no Engenhão, dia 18. Pode empatar e até perder por 1 a 0 que se classifica às oitavas de final. Em caso de derrota alvinegra por diferença mínima a partir de 3 a 2, a vaga fica com o time paulista - 2 a 1 para os alviverdes leva a decisão para os pênaltis.
Renato e Herrera marcaram para o time carioca nesta quarta, com Bruno Mendes fazendo o gol da equipe paulista. O público no Brinco de Ouro foi pequeno, apenas 3.612 pagaram ingresso (não foi divulgado o total de presentes), que proporcionaram uma renda de R$ 59.429,00.
O Botafogo volta a jogar no próximo domingo, contra o Friburguense, no Engenhão, às 16h, pela sétima rodada da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca. Nos mesmos dia e horário, o Guarani recebe o Palmeiras, pela 18ª e penúltima rodada da primeira fase do Paulistão.
Andrezinho erra, mas depois acerta: 1 a 1
O jogo iniciou lento e com muitos erros de passes, de ambos os lados. Assim, a bola ficava a maior parte do tempo entre as duas intermediárias. A primeira chance de gol só surgiu aos 13, para o Botafogo. Após bom contra-ataque, Andrezinho cruzou da direita e Elkeson não alcançou no segundo pau. Dois minutos depois, a resposta do Guarani veio em chute de fora da área de Danilo, que passou à direita de Jefferson, com perigo.
Andrezinho Botafogo x Guarani (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Andrezinho, personagem do 1º tempo, dá combate
a Neto (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Apesar desses dois lances, o panorama da partida não mudou. Assim mesmo, aos 22, o Botafogo teve uma oportunidade clara de abrir o marcador, mas Herrera, livre, próximo à pequena área bugrina, chutou a bola em cima do goleiro Emerson. O lance foi criado meio sem querer, pois a bola bateu em Fellype Gabriel antes de sobrar para o argentino.
Em geral, o Alvinegro errava sempre o último passe e por isso pouco ameaçava o Guarani. Mas, a partir da metade da primeira etapa, passou a ter o domínio do jogo. Aos 34, após a cobrança de um escanteio feita por Renato, Antônio Carlos cabeceou para a pequena área. Herrera, livre, se esticou todo, mas não conseguiu completar para o gol vazio.
O jogo favorável ao Botafogo pareceu ter deixado Andrezinho distraído. E, numa bobeada do meia, Bruno Mendes tomou-lhe a bola. Penetrou na área e, aos trancos e barrancos, perdendo e ganhando o domínio da jogada, conseguiu, na raça, chutar rasteiro entre as pernas de Jefferson, abrindo o placar para o Guarani.
No entanto, Andrezinho se recuperaria ainda na primeira etapa. Aos 44, cobrou bem uma falta da direita, e Renato aproveitou de cabeça para igualar o placar, resultado mais justo pelo que aconteceu em campo no primeiro tempo. O camisa 8 do Botafogo, que começou sua carreira no Guarani, evitou comemorar o gol.
Renato comemora gol do Botafogo contra o Guarani (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Marcelo Mattos cumprimenta Renato, após o primeiro gol do Bota (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)
Botafogo melhora, leva sustos, mas chega ao segundo
A configuração das equipes para a segunda etapa mostrou o Botafogo mais avançado, mas com os mesmos equívocos do primeiro tempo. E Herrera mostrou mais uma vez, no mínimo, falta de sorte na conclusão a gol. Aos 10, Fellype Gabriel recebeu na área de Andrezinho e tocou para Antônio Carlos errar a bola na pequena área. Na sequência, Herrera recebeu de Elkeson e chutou forte, em cima de Emerson, e no rebote cabeceou fraco, nas mãos do goleiro do Guarani.
No contra-ataque, o time da casa quase desempatou, com Fabinho, que fez boa jogada pela direita e chutou forte de pé canhoto. Mas Jefferson fez ótima defesa. Porém, quem exercia pressão em busca do segundo gol era o Alvinegro, e a presença na área adversária passou a ser mais constante.
O jogo ficou mais aberto e, outra vez em contra-ataque rápido, o Bugre ficou mais perto de marcar. Fabinho penetrou na área pela esquerda e bateu forte. Jefferson desviou a bola antes de ela bater na sua trave esquerda.
Porém, quem atuava melhor era o Botafogo, que chegou à virada aos 23. Herrera não teve como errar. Renato recebeu de Fellype Gabriel na direita, levou a bola na linha de fundo, já dentro da área, e deixou o atacante argentino com o gol à sua frente. Foi só empurrar a bola para a rede: 2 a 1.
A desvantagem fez o Bugre se adiantar e, aos 24, Fabinho teve outra chance, mas chutou por cima. Aos poucos, o Botafogo foi recuando, parecendo esquecer que com dois gols de vantagem eliminaria o jogo da volta, e deu espaços ao adversário. Sorte dos alvinegros que os atacantes bugrinos cometiam os mais bisonhos erros e desperdiçavam boas oportunidades. E foi na base do sufoco que os alvinegros seguraram a vitória em Campinas.
Herrera gol Botafogo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Herrera agradece aos céus por seu gol, entre Elkeson e Renato (8) (Foto: Marcos Ribolli/ Globoesporte.com)

Flamengo da mole no final e perde de virado por 3x2.

O Flamengo entrou no gramado do estádio George Capwell, em Guayaquil, com a mesma formação que iniciou o jogo contra o Bangu, no último domingo, e mostrou bom desempenho ofensivo. Depois de ir para o intervalo com a vitória parcial sobre o Emelec-EQU por 2 a 1, uma mudança tática do técnico Joel Santana aos 23 minutos do segundo tempo teve resultado desastroso. Gustavo entrou no lugar de Deivid, o Fla se encolheu, e os equatorianos, que jamais haviam vencido um time brasileiro em jogos da Libertadores, viraram o jogo para 3 a 2. O gol da vitória, de pênalti, saiu aos 45. Léo Moura e Deivid marcaram para o Fla.
Em nenhum treino durante a semana, Joel testou a formação com três zagueiros. Ao levar três gols de um time que só marcara uma vez em quatro jogos, o Rubro-Negro fica a um passo da eliminação na Taça Libertadores ainda na fase de grupos.
Para se classificar no Grupo 2, o Flamengo, agora lanterna, depende de um milagre na última rodada. Além de vencer o já classificado Lanús, quinta-feira, às 19h30 (de Brasília), no Engenhão, precisa torcer por um empate entre Olimpia-PAR e Emelec, que jogam no mesmo horário em Assunção.
Antes de voltar a jogar pela Taça Libertadores, o Flamengo entra em campo neste sábado, às 18h30 (de Brasília), para enfrentar o Vasco na penúltima rodada da Taça Rio, no Engenhão. O time lidera o Grupo A, com 15 pontos.
O jogo
Ronaldinho Gaúcho na partida do Flamengo contra o Emelec (Foto: Reuters)Ronaldinho Gaúcho tenta o domínio, marcado
por P. Quiñonez, do Emelec (Foto: Reuters)
Assim como em qualquer jogo em que as duas equipes disputam a sobrevida, o nervosismo e a ansiedade de ambas eram nítidos. Apesar do campo desnivelado, os erros de passes aconteciam muito mais pela falta de capricho. Num deles, o Flamengo quase sofreu um gol logo aos dois minutos, quando Muralha bobeou, Giménez chutou cruzado, e De Jesús mandou para fora.
Depois do susto, o Fla começou a se acertar em campo, procurando tocar a bola com mais calma e se organizando melhor nos contra-ataques. Depois de uma cobrança de escanteio do Emelec, a bola passou por Junior Cesar, Bottinelli, Vagner Love e Deivid, que deu um ótimo passe para Léo Moura chutar e contar com o desvio de Bagüi para fazer 1 a 0, aos sete minutos.
O controle do jogo passou a ficar nos pés do Flamengo, que teve em Bottinelli um comandante de qualidade no meio-campo. No entanto, o Emelec começou a usar as bolas cruzadas na área, percebendo a dificuldade do adversário nesse tipo de jogada. Aos 15, Figueroa quase marcou, ao cabecear livre, nas costas de Welinton, nas mãos de Felipe.
A pressão aumentou. Aos 18, o goleiro do Flamengo deu rebote em um cruzamento de Bagüi e precisou sair para dividir a bola com Giménez e evitar o empate. Em mais uma bola jogada na área, De Jesús cabeceou em cima de Welinton, aos 24. No entanto, aos 33, não teve jeito. Figueroa subiu mais que Welinton e tocou no canto esquerdo de Felipe para empatar o jogo.
Quando parecia que o Emelec passaria a pressionar pela virada, o Flamengo voltou a se organizar em campo. Num ensaio, Ronaldinho Gaúcho deu ótimo cruzamento para Deivid cabecear rente à trave, aos 38. No ato principal, o camisa 10 tocou para Junior Cesar cruzar, e Deivid, desta vez, colocar a bola no fundo da rede, aos 42, deixando o time brasileiro em vantagem no fim do primeiro tempo.
Mudança infeliz e virada
O Emelec voltou do vestiário determinado a empatar o jogo e se manter vivo na competição. O Flamengo até conseguiu controlar o ímpeto do adversário e evitar uma pressão insustentável. Aos oito minutos, ainda teve uma boa chance, num passe por cobertura de Junior Cesar para Ronaldinho, que tentou achar Love na pequena área, mas errou.
Depois dessa jogada, o Emelec começou a criar melhores oportunidades de gol. Aos 11, em nova cobrança de escanteio, Figueroa mais uma vez ganhou de Welinton de cabeça e acertou o travessão. O time equatoriano fez duas mudanças: Mina e Mena nos lugares de Jose Luis Quiñónez e Valencia, respectivamente.
Cada time usou as armas que tinha em mãos. O Emelec fez sua última substituição aos 19 minutos, com Mondaini no lugar de De Jesús. A resposta do técnico Joel Santana foi a entrada do zagueiro Gustavo no lugar do atacante Deivid, para tentar reforçar a marcação no jogo aéreo.
O que se viu, entretanto, foi uma pressão que até então não havia acontecido. Todo encolhido, o Fla não conseguia trocar três passes quando tinha a bola. O Emelec insistia com perigo nas jogadas pelo alto e não saía do campo defensivo do Fla. Para se ter uma ideia do domínio, o time brasileiro, que teve 54% da posse de bola na etapa inicial, acabou a partida com 49%. Num raro lance de contra-ataque, Vagner Love não chegou a tempo de alcançar o passe de Muralha, aos 29. Não seria exagero dizer, inclusive, que o Artilheiro do Amor teve uma de suas piores atuações desde que voltou ao Fla.
Joel ainda tentou dar novo gás ao meio-campo, colocando Magal e Luiz Antonio nos lugares de Bottinelli e Muralha. Mas o estrago definitivo ainda estava por vir. Em mais uma das 30 bolas alçadas pelo Emelec na área, Figueroa cabeceou sem chances para Felipe, aos 37. O detalhe é que, com três zagueiros em campo, quem marcava o atacante mais perigoso do rival era o baixinho Junior Cesar. Ronaldinho ainda teve a chance de desempatar em seguida, mas a cobrança de falta ficou na barreira. Para piorar, Willians cometeu pênalti infantil em Mena, e Gaibor converteu, aos 45, para levar ao êxtase a inflamada torcida azul.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Vasco vence alianza fora de casa por 2 x 1 .

Numa noite inspiradíssima de Fellipe Bastos, que acertou dois belos petardos de fora da área, o Vasco derrotou novamente no sufoco o Alianza-PER, por 2 a 1, nesta terça-feira, no estádio Alejandro Villanueva, em Lima, e ficou bem próximo da classificação para as oitavas de final da Taça Libertadores. A equipe carioca, que dificultou um jogo que era tranquilo, pode até chegar à última rodada já garantido na próxima fase, se o Libertad-PAR vencer o Nacional-URU nesta quinta-feira, em Assunção.
O Vasco, que em São Januário também teve muitos problemas para vencer os peruanos, por 3 a 2, agora é o líder da chave com dez pontos, três a mais que a equipe paraguaia. O Alianza tem somente três pontos, está em último e não tem mais qualquer chance de classificação. Na última rodada da chave, o time cruz-maltino enfrentará o Nacional-URU, em Montevidéu, no dia 12, e a equipe peruana fecha sua participação no mesmo dia, novamente em casa, contra o Libertad-PAR.
O jogo começou morno, mas quem logo ocupou o setor ofensivo foi o Vasco. No entanto, a primeira boa chance de gol pertenceu ao time da casa. González arriscou de muito longe e a bola passou perto do ângulo esquerdo de Fernando Prass, aos 6. Um minuto depois, também de fora da área, Bazán ameaçou. Como chutar de longe parecia ser bom negócio, afinal o campo duro dificultava a troca de passes, Alecsandro imitou os adversários e obrigou Libman a fazer difícil defesa, aos 8.
Depois desses lances a partida ficou mais equilibrada, mas com as defesas levando vantagem sobre os ataques. O meio de campo vascaíno errava muitos passes e o ataque não penetrava na área adversária em boas condições. Então, a solução era o arremate de longa distância. E foi assim que o time brasileiro abriu o marcador, aos 17: Fellipe Bastos fez boa jogada pela meia-esquerda e disparou uma bomba, a bola resvalou em Carmona e encobriu Libman, caindo no seu ângulo esquerdo.
Fellipe Bastos comemora gol do Vasco contra o Alianza (Foto: AP)Fellipe Bastos (21) comemora com Felipe o primeiro gol do Vasco contra o Alianza (Foto: AP)
O gol abalou o Alianza, que em grave crise financeira teve de acender os refletores do estádio com geradores externos para que a partida fosse realizada. Sem receber salários há sete meses, tranquilos os jogadores do time peruano não poderiam estar. E dois deles discutiram tão asperamente que Diego Souza foi apaziguar os ânimos dos brigões. Já o Vasco se segurou um pouco e cedeu espaços para o adversário, que chegou com perigo aos 36, com Hurtado, quase completando com sucesso cruzamento de Rabanal da esquerda. E foi só na primeira etapa.
Fellipe Bastos faz o segundo, mas defesa erra e Vasco passa sufoco
O Alianza voltou no ataque e, com menos de um minuto, Hurtado ganhou de Thiago Feltri, penetrou na área e caiu, mas o árbitro argentino Saúl Lavemi mandou o jogo seguir. No entanto, o time brasileiro parece ter entendido que não podia ficar na defesa segurando o resultado e partiu em busca o segundo gol. Só que as dificuldades da primeira etapa permaneciam e os cruz-maltinos pouco ameaçavam, mas também quase não sofriam na defesa.
Diego Souza na partida do Vasco contra o Alianza Lima (Foto: AFP)Diego Souza luta pela bola (Foto: AFP)
Aos 19 e aos 20, o Vasco teve duas ótimas chances com Diego Souza, porém as desperdiçou. Na primeira, ele cabeceou bem, e Libman fez boa defesa, e na segunda, Eder Luis fez grande jogada e serviu o camisa 10, livre na área, mas ele quis fazer gol bonito e fez feio, jogou a bola nos pés de um zagueiro do Alianza com o gol à sua feição. A blitz vascaína não parou, e, aos 21, Dedé cabeceou a bola na trave esquerda do goleiro do time peruano.
Dois minutos depois, um funcionário do Alianza foi expulso pelo árbitro por ter arremessado uma segunda bola no campo. Mas a pressão de fora para dentro do campo também vinha da torcida peruana, que jogou objetos no gramado até a saída dos jogadores adversários após o fim da partida. O castigo veio a reboque: aos 25, Fellipe Bastos em outro tiro sensacional, ainda mais bonito que o primeiro, fez o segundo gol dele e do Vasco.
O jogo parecia decidido, quando a defesa vascaína resolveu colaborar com o time da casa. Um minuto após Fernando Prass fazer grande defesa em chute de Fernández, a zaga bateu cabeça, Renato Silva chutou a bola em cima de Felipe na área e ela sobrou para Curiel chutar por entre as pernas do arqueiro do Vasco e diminuir, aos 31. Estupidamente, aos 34 um torcedor peruano jogou um sinalizador dentro do campo e fez a partida parar, o que interessava ao Vasco naquele momento.
No entanto, o jogo mudara, com o Alianza partindo na base do abafa em busca do empate. Aos 37, Allan salvou em cima da linha, após Prass disputar e perder a bola no alto com Arroe, que teria feito falta no goleiro vascaíno. Apesar dos gritos desesperados do técnico Cristóvão Borges para o time brasileiro não recuar, a pressão da equipe da casa continuava a toda. Aos 44, Riza quase marcou, e dois minutos depois Nilton entrou com o pé na cabeça de Carmona e foi expulso. Isso só aumentou a dramaticidade do jogo para os vascaínos, que só respiraram aliviados com o apito final do árbitro. Assim, o Vasco pôde vibrar muito com a sofrida vitória e a aproximação das oitavas de final da Libertadores. Fonte globoesporte.com. (postagem arthur silveira)