quinta-feira, 3 de abril de 2014

Botafogo tropeça em casa.

Se a fase é de crise fora do campo, com a semana marcada pelos protestos dos jogadores por conta de salários atrasados, dentro do estádio o momento foi de apoio. Mas os gritos de "Fogo" que ecoavam da arquibancada não foram suficientes para incendiar um jogo de ataque contra defesa no Maracanã. Na noite desta quarta-feira, o Botafogo não conseguiu furar a retranca do Unión Española. E para piorar, levou um gol de pênalti (duvidoso), de Canales, que deu o placar de 1 a 0 para os visitantes e fez o Alvinegro desperdiçar não só a chance de assegurar a classificação antecipada às oitavas de final da Libertadores, como também garantir a liderança do Grupo 2. Ponta que agora pertence aos chilenos, classificados com nove pontos, dois a mais que os brasileiros. A renda da partida foi de R$ 1.940, 590.

Pênalti duvidoso vira castigo, e apoio se transforma em vaia

A ausência de Ferreyra foi sentida mesmo no segundo tempo. Logo aos dois minutos, Lucas chegou ao fundo e cruzou na cabeça de Henrique, que testou por cima do gol. Mas pior aconteceu quatro minutos depois. A zaga do Unión errou e deixou a bola limpa para o atacante na pequena área. Ele chutou em cima de Sánchez. O goleiro pegou também o rebote de Jorge Wagner, e Henrique, impedido, pegou a sobra e isolou. O centroavante voltou a perder outra chance de cabeça aos 17. Eduardo Hungaro demorou a mexer no time. Só o fez aos 21 minutos, com o meia Ronny no lugar de Henrique. Mas nada que mudasse o panorama da equipe.
Para piorar a situação, o árbitro uruguaio Daniel Fedorkzuc marcou um pênalti duvidoso para o Unión Española num raro ataque chileno. O juiz enxergou falta de Julio Cesar em Jaime. Canales cobrou bem, deslocou Jefferson e silenciou o Maracanã. O Botafogo sentiu o golpe e passou a atacar de forma desordenada. As saídas de gol atabalhoadas de Sánchez até davam esperanças. Era só cruzar, era só chutar, pensavam os torcedores alvinegros. Mas era preciso mais. As entradas de Daniel no lugar de Marcelo Mattos e de Renato no de Julio Cesar foram em vão. Só serviram para Hungaro escutar os gritos de "burro" da arquibancada. Nos minutos finais, os chilenos fizeram cera e impuseram ao Botafogo a primeira derrota no Maracanã. E o apoio da torcida virou vaia no fim.

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