quinta-feira, 10 de abril de 2014

Flamengo perde em casa e está fora da libertadores.

Novamente, um time mexicano calou a torcida do Flamengo no Maracanã. Precisando da vitória para seguir adiante na Libertadores, o rubro-negro perdeu por 3 a 2 para o León diante de 60 mil torcedores, na noite desta quarta-feira, e foi eliminado na fase de grupos, repetindo a campanha ruim de 2012, quando também caiu cedo demais. A derrota aumenta a sequência de decepções da equipe na competição, fazendo a torcida lembrar dos 3 a 0 para o América do México, também no Maracanã, nas oitavas de final da edição de 2008.
Com o resultado, o Flamengo terminou em terceiro lugar no grupo 7, com sete pontos, atrás do Bolívar (11) e do León (10). O Emelec foi o último, com cinco. Domingo, o time carioca tem outro compromisso decisivo, na final do Carioca, contra o Vasco. O Flamengo joga pelo empate para ficar com o título.


Com um chute perigoso de Alecsandro, logo aos cinco minutos, o Flamengo mostro que iria pressionar desde o início, empurrado pela torcida. Cinco minutos depois, porém, veio o primeiro baque: Elano, que voltava de lesão muscular, voltou a sentir e teve dar lugar a Gabriel. Além de não voltar a assustar o time mexicano, o time carioca ainda se complicou na defesa: aos 20 minutos, Arizala aproveitou a falta bem cobrada à direita da área e cabeceou no meio da zaga para abrir o placar.
André Santos empatou aos 29, também de cabeça, aproveitando saída errada do goleiro Yarbrouhg, mas a zaga voltou a falhar e permitiu o segundo gol do León, no minuto seguinte: em novo cruzamento da esquerda, Boselli subiu mais que Samir na pequena área e fez 2 a 1.
Mas a apreensão da torcida rubro-negra não durou muito: aos 33, Everton cruzou da esquerda, Alecsandro bateu desequilibrado mas deu sorte, ao ver a bola desviar no zagueiro e entrar no canto direito de Yarbrough. Logo depois, o atacante bateu de cabeça com o zagueiro Samir, e precisou levar três pontos durante o intervalo.
O segundo tempo continuou eletrizante. Aos dois minutos, Yarbrough evitou gol de cabeça de Gabriel com bela defesa no canto direito. Aos seis, Paulinho chutou da entrada da área, rente à trave esquerda. Com o León apostando nos contra-ataques, todas as bolas recuperadas deixavam o torcedor rubro-negro de cabelo em pé. Aos 13, Felipe espalmou um chute de longe para o meio da área, mas Boselli não aproveitou o rebote e cabeceou em cima do goleiro. Logo depois, Arizaba passou por Samir na área mas o chute desviou e ficou com Felipe.
Vendo que o time já não conseguia manter a pressão, o técnico Jayme de Almeida atendeu o pedido da torcida e lançou Negueba no lugar de André Santos aos 25. O Flamengo voltou ao ataque, mas não conseguia furar a retranca mexicana, e recorria a cruzamentos que invariavelmente eram interceptados pela defesa. A esperança acabou de vez aos 38, quando Peña pegou a sobra de um chute cruzado na área e bateu para fazer o gol da vitória do León.


Botafogo sofre goleada e é eliminado

Depois de 17 anos, o Botafogo voltou a disputar a Libertadores e fez da competição sua principal bandeira em 2014. A eliminação ainda na fase de grupos, após a derrota para o San Lorenzo, quarta-feira, na Argentina, deixou um gosto amargo nos alvinegros e a sensação de que o time poderia ter ido mais longe. A frustração é maior porque a equipe fracassou diante do Unión Española dentro do Maracanã na oportunidade que tinha de assegurar o primeiro lugar e a classificação.  

- Acho que tivemos uma grande oportunidade no jogo anterior que não se pode desperdiçar. E nós desperdiçamos - afirmou Eduardo Hungaro depois do 3 a 0 diante do San Lorenzo.
San Lorenzo x Botafogo (Foto: Juani Roncoroni/Agência Estado)San Lorenzo x Botafogo (Foto: Juani Roncoroni/Agência Estado)

O capítulo mais positivo da participação alvinegra na Libertadores foi sua torcida, que, antes criticada, vestiu a camisa e se tornou fundamental para o time. Nas partidas disputadas no Maracanã, levou bons públicos e se reinventou.

O planejamento da diretoria alvinegra é que este seja apenas um capítulo inicial para o clube na Libertadores. A ideia é estar sempre na competição para se acostumar com ela dentro de algum tempo ter a chance de conquistar o título.

Após a eliminação, o Botafogo só volta a campo daqui a 11 dias para a estreia no Campeonato Brasileiro, contra o São Paulo, no Morumbi.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Vasco e Flamengo empatam no 1 jogo da final.

Nem Edmílson, tampouco Alecsandro. A tarde não era dos artilheiros. Não houve superioridade da melhor defesa e muito menos do ataque mais positivo da competição. E, ao dominarem um tempo cada um, Vasco e Flamengo fizeram um confronto equilibrado, neste domingo, no Maracanã, na primeira final do Carioca. Resultado: 1 a 1, que pelo regulamento dá a vantagem do empate ao Rubro-Negro na partida final para conquistar o título carioca.O Vasco começou melhor e dominou o primeiro tempo, com um gol logo no início, de Rodrigo. Mas a expulsão de Everton Costa na etapa final equilibrou as ações, o Rubro-Negro empatou com um golaço de Paulinho e agora fica em vantagem.
- O time entrou desatento, o Jayme conversou com a gente, que não podíamos deixar passar essa oportunidade. No segundo tempo, botamos a cabeça no lugar e empatamos o jogo - afirmou Paulinho após o jogo.
O Cruz-Maltino precisa ganhar para encerrar o jejum desde 2003 sem um título carioca. Terá a semana livre para treinar, enquanto o Flamengo encara, quarta-feira, às 19h45m (de Brasília), no Maracanã, o León pela Libertadores.
- Não faltou nada. Fizemos o que tínhamos que fazer, mesmo com um a menos. É levantar a cabeça para o próximo jogo. Vamos trabalhar durante a semana  - disse Reginaldo.
Nem mesmo o fato de os rivais não se enfrentarem em finais do estadual há dez anos animou o público. Foram 20.844 pagantes (26.242 presentes, com renda de R$ 1.324.300,00). O maior do campeonato, superando a segunda semifinal entre Fluminense e Vasco, com 15.925 pagantes, mas ainda muito abaixo do esperado em uma decisão.
Paulinho Vasco x Flamengo (Foto: Alexandre Vidal)Paulinho comemora o seu gol, o do empate contra o Vasco no Maracanã (Foto: Alexandre Vidal)
Vasco a mil, Flamengo devagar
Um lance, aos 33 minutos, resumiu o primeiro tempo. Correndo feito loucos, Pedro Ken e Everton Costa não só desarmaram como deixaram Paulinho atônito. Sem reação tamanha a disposição. Foi assim que o Vasco, a mil, comandou a partida contra um Flamengo devagar quase parando.
As duas equipes, porém, foram iguais em um quesito: reclamação à arbitragem. Tudo era motivo de polêmica: lateral, falta, cera técnica... O Vasco, ao menos, conseguiu jogar. Sem desfalques e com a próxima semana livre, levou a estratégia de eliminar a vantagem rival de atuar por dois empates à risca. Sufocou: chegou a ter 68% de posse de bola contra 32% do Fla, que atuava sem quatro titulares e com a necessidade de entrar em campo quarta-feira para outra decisão, mas na Libertadores.
Não demorou, então, para o Vasco sair na frente. Douglas cobrou escanteio na direita, Everton Costa bloqueou a saída de Felipe, com falta, e Rodrigo subiu mais do que Samir para cabecear: 1 a 0 aos 11 minutos. Além do gol, Edmílson obrigou Felipe a fazer boa defesa em chute cruzado. Everton Costa cruzou e Reginaldo não alcançou. E o Rubro-Negro? Nada. Lucas Mugni fracassou em abastecer o ataque. Paulinho foi bem marcado. Martín Silva, então, foi um mero espectador.
- Fizemos o certo: atacamos para reverter a vantagem deles. Temos de manter - disse Rodrigo.
- Estamos recuados! Estamos mal! Tem de mudar – reclamou Alecsandro no intervalo.
Edmilson e Samir Vasco x Flamengo (Foto: André Durão)Edmilson passa pela marcação de Samir no clássico do Maracanã (Foto: André Durão)
Expulsão muda o jogo
E mudou mesmo. Na escalação: Gabriel substituiu Lucas Mugni. E na atitude: o Fla passou a jogar melhor, com movimentação e intensa troca de passes. O Vasco sentiu. Exemplo: antes do primeiro minuto, Everton Costa perdeu na corrida para Léo. Deveria receber o amarelo, o segundo, e ser expulso, mas... o árbitro Rodrigo Nunes de Sá nada assinalou. O fez, de forma incorreta, ao expulsar o atacante, após dividida com Frauches. Eram 10 minutos. Antes, um lance curioso: André Rocha, ao segurar Samir, tirou a camisa do zagueiro do Fla.
Frauches sairia para entrada de Everton. E, com mais velocidade, o Fla mudou o jogo. O mesmo Everton, ao passar por Guiñazu como uma Ferrarri ultrapassaria um Fusca, apareceu livre na frente de Martín Silva, mas, ao invés de chutar, cruzou sem direção. Quem acertou foi Paulinho: um lindo chute de fora da área e empatou a partida. Na comemoração, usou o estilo de Cristiano Ronaldo em gestos e palavras.
- Calma, eu estou aqui – disse olhando à torcida e apontando ao chão aos 15 minutos.
Só com a entrada de Fellipe Bastos que o Vasco conseguiu voltar a acertar a marcação. Em bola parada, quase voltou a comandar o placar em cabeçada de Pedro Ken. Fellipe Bastos, de falta, levou perigo a Felipe. O Flamengo até tentou, mas também administrou a partida. Deixou tudo para o próximo final de semana.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

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Grêmio vence fora de casa.

O Grêmio é o primeiro time brasileiro classificado às oitavas de final da Copa Libertadores. A confirmação da passagem de fase veio com a vitória desta quarta-feira, sobre o Atlético Nacional, em Medellín, na Colômbia, por 2 a 0. Dudu e Barcos marcaram os gols.
Com o resultado, o time gaúcho chegou aos 11 pontos, tornando-se líder absoluto do Grupo 6, com três pontos a mais que o Newell's Old Boys. Na última rodada, o Tricolor cumpre tabela contra o já eliminado Nacional-URU, enquanto os argentinos e colombianos duelarão pela segunda vaga do grupo.


Atlético Nacional x Grêmio (Foto: Raul Arboleda/AFP)
O Grêmio deu aula de tranquilidade. Sem se desesperar e se valendo de uma defesa sólida, a equipe deu campo para o Atlético Nacional tocar a bola, tocar a bola, tocar, tocar... Os comandados de Enderson Moreira mostraram uma eficácia defensiva que foi suficiente para não passar sustos durante a primeira etapa, exceto em um chute despretensioso de longe, que desviou na zaga, obrigando Grohe a mostrar recuperação e mandar para escanteio.
No ataque, Barcos sofreu com a solidão. O Grêmio não conseguiu encaixar os contra-ataques e o goleiro Armani quase não sujou o uniforme. Dudu foi o único a conseguir uma chance clara, mas não acertou o pé.
Mas o mesmo Dudu não titubeou quando teve outra oportunidade. Logo no começo do segundo tempo, com um Grêmio mais dinâmico na frente - os volantes encostando mais -, o meia-atacante recebeu na cara de Armani e abriu o placar aos 7 minutos.
Apesar da pressão colombiana, que obrigou Marcelo Grohe a mostrar serviço em pelo menos três ocasiões com belas defesas, Barcos, com um toque sutil sobre o goleiro, sepultou as investidas dos donos da casa e confirmou: Grêmio na próxima fase.
ATLÉTICO NACIONAL 0 X 2 GRÊMIO
Local: Atanasio Girardot, em Medellín (COL)
Data/Hora: 2/4/2014, às 22h (de Brasília)
Árbitro: Enrique Cáceres (PAR)
Auxiliares: Carlos Cáceres e Juan Zorrilla
Cartões amarelos: Pará (GRE)
Cartões vermelhos: -
Gols: Dudu, 7'/2ºT (0-1); Barcos, 24'/2ºT (0-2)

ATLÉTICO NACIONAL: Armani; Bocanegra, Murillo, Henríquez (Berrío, 16'/2ºT), Díaz (Páez, 34'/2ºT); Medina, Mejía, Valencia; Cárdenas, Cardona; Ángel (Duque, 13'/2ºT). Técnico: Juan Carlos Osorio.
GRÊMIO: Marcelo Grohe; Pará, Rhodolfo, Werley e Wendell; Edinho, Ramiro, Riveros e Dudu (Geromel, 44'/2ºT); Luan (Alan Ruíz, 37'/2ºT) e Barcos (Léo Gago, 46'/2ºT). Técnico: Enderson Moreira.

Reportagem : Arthur Silveira.

Flamengo vence fora de casa e só depende de uma vitória.

Um Flamengo que, enfim, disse "muito prazer" para a Taça Libertadores da América. O cenário era adverso, perder era proibido, os jogadores mais experientes estavam fora, mas o Rubro-Negro que pisou no gramado do George Capwell, em Guayaquil, para enfrentar o Emelec, parecia ter passado por um curso intensivo de como se comportar na competição sul-americana. Com todo clichê comum a disputas em gramados vizinhos em mente e sem perder a cabeça, o Rubro-Negro foi catimbeiro, firme nas divididas e veloz quando teve a bola para fazer 2 a 1 no Equador e renascer em uma disputa quase perdida após a derrota para o Bolívar, há duas semanas, na altitude de La Paz. No fim, os 29 flamenguistas presentes levaram a melhor diante de 21 mil barulhentos e "ignorados" torcedores do "Bombillo".

Sem seis jogadores (cinco titulares), Jayme dividiu o Flamengo em dois: do meio para trás, forte e marcador, com Welinton improvisado na direita e Amaral plantado atrás, sempre atento ao setor esquerdo, dando suporte a João Paulo. Do meio para frente, leve e rápido, com Paulinho, Evertone Gabriel de olho em qualquer bobeada do Emelec, além de toda a experiência de Alecsandro. Escalação surpreendente, mas que serviu como antídoto perfeito contra o caldeirão que se formava no George Capwell e sob medida para um time                    privou de jogar duro e feio quando necessário.Há seis meses sem perder em seu estádio, o torcedor do Emelec se acostumou a sair de casa para fazer festa. E na noite de quarta-feira em Guayaquil a celebração começou exatamente às 19h22m (21h22m de Brasília). Neste instante, a "Boca do Poço", espaço destinado para as organizadas, atrás de um dos gols, entrou em ação com cantos que continuariam de forma incessante até depois do apito final da partida - mesmo durante os gols do Flamengo. Já no aquecimento, os rubro-negros tiveram a noção de que não teriam sossego. O desenrolar da partida, por sua vez, fez com que nem tivessem tempo para que se sentissem intimidados.Jayme: ‘No ritmo e no jeito que se joga a Libertadores’

Em determinado momento, o volante deixou uma bola pererecando na área antes de um escanteio, enquanto o adversário já se preparava para cobrança após reposição rápida do gandula. Alguns segundos a favor do Fla. A cada cobrança de falta na intermediária, Amaral também olhava para um lado, para o outro, e pedia para que outro companheiro assumisse a missão. Mais alguns segundos a favor do Fla.
Jayme de Almeida Emelec x Flamengo (Foto: AP)Jayme elogia o ritmo do Flamengo (Foto: AP)
Assim, o Rubro-Negro caminhava para um empate bem-vindo e praticamente sem sustos, até que mais uma escolha improvável de Jayme foi recompensada. Renascido após uma temporada desastrosa no São Paulo, Negueba entrou em seu décimo jogo no ano, deu novamente velocidade ao time, e acertou lindo lançamento para Paulinho decretar: Emelec 1 x 2 Flamengo. Um novo Flamengo.

- O time jogou no ritmo e no jeito que se joga a Libertadores. Tem momentos que dá para jogar bonito, outros não. Acima de tudo, tem que ter muito coração, muita vontade, lutar o tempo inteiro. Os meninos se comportaram de uma maneira grande – definiu orgulhoso Jayme de Almeida.

Na quinta rodada, o Flamengo renasceu. E renasceu com cara de Libertadores.

Botafogo tropeça em casa.

Se a fase é de crise fora do campo, com a semana marcada pelos protestos dos jogadores por conta de salários atrasados, dentro do estádio o momento foi de apoio. Mas os gritos de "Fogo" que ecoavam da arquibancada não foram suficientes para incendiar um jogo de ataque contra defesa no Maracanã. Na noite desta quarta-feira, o Botafogo não conseguiu furar a retranca do Unión Española. E para piorar, levou um gol de pênalti (duvidoso), de Canales, que deu o placar de 1 a 0 para os visitantes e fez o Alvinegro desperdiçar não só a chance de assegurar a classificação antecipada às oitavas de final da Libertadores, como também garantir a liderança do Grupo 2. Ponta que agora pertence aos chilenos, classificados com nove pontos, dois a mais que os brasileiros. A renda da partida foi de R$ 1.940, 590.

Pênalti duvidoso vira castigo, e apoio se transforma em vaia

A ausência de Ferreyra foi sentida mesmo no segundo tempo. Logo aos dois minutos, Lucas chegou ao fundo e cruzou na cabeça de Henrique, que testou por cima do gol. Mas pior aconteceu quatro minutos depois. A zaga do Unión errou e deixou a bola limpa para o atacante na pequena área. Ele chutou em cima de Sánchez. O goleiro pegou também o rebote de Jorge Wagner, e Henrique, impedido, pegou a sobra e isolou. O centroavante voltou a perder outra chance de cabeça aos 17. Eduardo Hungaro demorou a mexer no time. Só o fez aos 21 minutos, com o meia Ronny no lugar de Henrique. Mas nada que mudasse o panorama da equipe.
Para piorar a situação, o árbitro uruguaio Daniel Fedorkzuc marcou um pênalti duvidoso para o Unión Española num raro ataque chileno. O juiz enxergou falta de Julio Cesar em Jaime. Canales cobrou bem, deslocou Jefferson e silenciou o Maracanã. O Botafogo sentiu o golpe e passou a atacar de forma desordenada. As saídas de gol atabalhoadas de Sánchez até davam esperanças. Era só cruzar, era só chutar, pensavam os torcedores alvinegros. Mas era preciso mais. As entradas de Daniel no lugar de Marcelo Mattos e de Renato no de Julio Cesar foram em vão. Só serviram para Hungaro escutar os gritos de "burro" da arquibancada. Nos minutos finais, os chilenos fizeram cera e impuseram ao Botafogo a primeira derrota no Maracanã. E o apoio da torcida virou vaia no fim.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Barcelona fica no empate em casa com Atlético de Madrid

Não é à toa que Barcelona e Atlético de Madrid disputam palmo a palmo o título do Campeonato Espanhol. Nesta terça, as duas equipes voltaram a fazer uma partida extremamente equilibrada, cada uma a seu estilo. Enquanto o Barça buscava o toque de bola, a paciência e a técnica, o Atlético de Madrid apostava no coração: disposição, força, correria e sacrifício. Assim como nas outras três partidas entre os times na temporada, o resultado foi o empate.
A igualdade, porém, foi favorável ao Atlético de Madrid, que, no jogo de volta, em casa, pode empatar em 0 a 0 para garantir vaga nas semifinais da Liga dos Campeões. Ao Barcelona, resta vencer ou garantir um empate por dois gols ou mais gols. O duelo acontece na próxima quarta-feira, às 15h45m (de Brasília), no estádio Vicente Calderón.
De volta ao Atlético de Madrid desde janeiro, Diego, que é cria do Santos assim como Neymar, ainda não conseguiu achar um lugar na entrosada equipe colchonera. Por ironia do destino, teve sua melhor chance num dos jogos mais importantes da temporada. No lugar de Diego Costa, tinha a missão de municiar o solitário Villa no ataque. Como o companheiro não estava num dia iluminado, o brasileiro tentou sozinho e foi feliz. Logo aos 10 minutos do segundo tempo, acertou um belíssimo chute de fora da área, no ângulo esquerdo de Pinto, que não viu nada: 1 a 0 para os visitantes. 
 O gol fez os dois técnicos se mexerem. Precisando reagir e vendo uma equipe apática em campo, Tata Martino foi à frente: tirou o inoperante Fàbregas e pôs Alexis Sánchez, passando Neymar para o lado esquerdo. Simeone contra-atacou: tirou Villa, seu único atacante, e pôs o meia argentino Sosa, recuando de vez o Atlético. A ousadia do técnico do Barça prevaleceu.

Aos 25 minutos, três após a entrada de Alexis, o redesenhado Barcelona achou o caminho para o gol. Iniesta, melhor em campo e de volta ao meio, com um passe milimétrico, deixou Neymar na cara do gol, dentro da área. O brasileiro não perdoou: bateu firme, com categoria, sem chances para Courtois, empatando a partida. 
O gol e a mudança animaram o Barcelona. O Atlético, sem meios para avançar no gramado, se resignou com a tarefa de defender. Os catalães passaram a pressionar, mas esbarraram em Courtois. O goleiro belga fez ótimas defesas, em chutes de longe de Messi e Iniesta, e garantiu o empate para os colchoneros. 
Reportagem: Arthur Silveira