Sem seis jogadores (cinco titulares), Jayme dividiu o Flamengo em dois: do meio para trás, forte e marcador, com Welinton improvisado na direita e Amaral plantado atrás, sempre atento ao setor esquerdo, dando suporte a João Paulo. Do meio para frente, leve e rápido, com Paulinho, Evertone Gabriel de olho em qualquer bobeada do Emelec, além de toda a experiência de Alecsandro. Escalação surpreendente, mas que serviu como antídoto perfeito contra o caldeirão que se formava no George Capwell e sob medida para um time privou de jogar duro e feio quando necessário.Há seis meses sem perder em seu estádio, o torcedor do Emelec se acostumou a sair de casa para fazer festa. E na noite de quarta-feira em Guayaquil a celebração começou exatamente às 19h22m (21h22m de Brasília). Neste instante, a "Boca do Poço", espaço destinado para as organizadas, atrás de um dos gols, entrou em ação com cantos que continuariam de forma incessante até depois do apito final da partida - mesmo durante os gols do Flamengo. Já no aquecimento, os rubro-negros tiveram a noção de que não teriam sossego. O desenrolar da partida, por sua vez, fez com que nem tivessem tempo para que se sentissem intimidados.Jayme: ‘No ritmo e no jeito que se joga a Libertadores’
Em determinado momento, o volante deixou uma bola pererecando na área antes de um escanteio, enquanto o adversário já se preparava para cobrança após reposição rápida do gandula. Alguns segundos a favor do Fla. A cada cobrança de falta na intermediária, Amaral também olhava para um lado, para o outro, e pedia para que outro companheiro assumisse a missão. Mais alguns segundos a favor do Fla.
Jayme elogia o ritmo do Flamengo (Foto: AP)
Assim, o Rubro-Negro caminhava para um empate bem-vindo e praticamente sem sustos, até que mais uma escolha improvável de Jayme foi recompensada. Renascido após uma temporada desastrosa no São Paulo, Negueba entrou em seu décimo jogo no ano, deu novamente velocidade ao time, e acertou lindo lançamento para Paulinho decretar: Emelec 1 x 2 Flamengo. Um novo Flamengo.
- O time jogou no ritmo e no jeito que se joga a Libertadores. Tem momentos que dá para jogar bonito, outros não. Acima de tudo, tem que ter muito coração, muita vontade, lutar o tempo inteiro. Os meninos se comportaram de uma maneira grande – definiu orgulhoso Jayme de Almeida.
Na quinta rodada, o Flamengo renasceu. E renasceu com cara de Libertadores.
- O time jogou no ritmo e no jeito que se joga a Libertadores. Tem momentos que dá para jogar bonito, outros não. Acima de tudo, tem que ter muito coração, muita vontade, lutar o tempo inteiro. Os meninos se comportaram de uma maneira grande – definiu orgulhoso Jayme de Almeida.
Na quinta rodada, o Flamengo renasceu. E renasceu com cara de Libertadores.
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